Hoje ecreverei sobre um fenômeno musical brasileiro, que aprendi a gostar e admirar na minha fase fã da música nacional.
Em 1970, o cantor e compositor João Ricardo, em viagem às proximidades de Ubatuba, teve sua atenção voltada para um letreiro onde estava gravada a expressão "Secos e Molhados". Adotou então o nome e criou a banda, que teve sua primeira formação em 1971.
Essa formação, no entanto, se desfez no mesmo ano. Em 1972 consolidou-se a formação clássica com Gerson Conrad, João Ricardo e Ney Matogrosso. Em novembro daquele ano fizeram a primeira temporada no Teatro do Meio, no Ruth Escobar, doublé de casa noturna: “Casa de Badalação & Tédio”. Durante as apresentações conheceram o futuro empresário, o jornalista Moracy do Val, que lhes propôs gravar o primeiro disco.
As gravações começaram em 23 de maio de 1973 e duraram quinze dias. O disco foi lançado quatro meses depois e ao fim do mês de setembro chegaria á marca inacreditável de trezentas mil cópias vendidas. Tornou-se o maior fenômeno da musica popular do Brasil, batendo todos os recordes de vendagem de discos até então. Participaram de vários programas de televisão, deixando o país em polvorosa.
Em novembro mostraram-se para o Rio de Janeiro num show único no Teatro “Thereza Raquel” para sentirem a recepção do público carioca. Foi preciso chamar a polícia de choque para conter o assédio das pessoas que compareceram em numero três vezes superior á lotação do teatro.
Em junho de 1974 começaram as gravações do segundo álbum. Em agosto aconteceu o lançamento no programa “Fantástico” e ao mesmo tempo o término dessa formação, em consequência de brigas internas entre os membros. João Ricardo tentou depois ressuscitar o Secos e Molhados pelo menos quatro vezes, com diferentes formações, nenhuma incluindo qualquer outro membro original do grupo.
Na opnião de Luiz Carlos Maciel:
"Se, naquele tempo, uma nave mãe tivesse pousado, por exemplo, na Praça dos Três Poderes em Brasília e despejasse através de suas portas alguns alienígenas, ela não teria causado um impacto, uma perplexidade e um maravilhamento que pudessem rivalizar com os provocados pelas primeiras apresentações ao vivo de um novo grupo de música popular brasileira chamado Secos e Molhados. Foi um espanto! O impacto inicial era visual: nunca se tinham visto aquelas roupas, aquelas maquiagens, aquelas cores e desenhos; e mais: a movimentacão no palco, em especial a coreografia exótica e sensual de Ney Matogrosso, era simplesmente desconcertante. O impacto seguinte era sonoro, o espanto também era auditivo. O som dos Secos e Molhados surpreendia não apenas pelo timbre e registro insólitos da voz de Ney, mas também impressionava pela sua musicalidade exuberante, nas composições agudas e envolventes, nos arranjos modernos mas sutis e na qualidade contagiante das interpretações. A fase áurea dos Secos & Molhados é um momento singular da música popular brasileira. E eles só tiveram fase áurea! Surgiram e acabaram logo, para dar lugar a carreiras solo de seus componentes, como se tivessem sido o brilho súbito de um quasar, uma suava explosão, um sonho irreptível."
Abraços.
Matheus Carvalho".
Em 1970, o cantor e compositor João Ricardo, em viagem às proximidades de Ubatuba, teve sua atenção voltada para um letreiro onde estava gravada a expressão "Secos e Molhados". Adotou então o nome e criou a banda, que teve sua primeira formação em 1971.
Essa formação, no entanto, se desfez no mesmo ano. Em 1972 consolidou-se a formação clássica com Gerson Conrad, João Ricardo e Ney Matogrosso. Em novembro daquele ano fizeram a primeira temporada no Teatro do Meio, no Ruth Escobar, doublé de casa noturna: “Casa de Badalação & Tédio”. Durante as apresentações conheceram o futuro empresário, o jornalista Moracy do Val, que lhes propôs gravar o primeiro disco.
As gravações começaram em 23 de maio de 1973 e duraram quinze dias. O disco foi lançado quatro meses depois e ao fim do mês de setembro chegaria á marca inacreditável de trezentas mil cópias vendidas. Tornou-se o maior fenômeno da musica popular do Brasil, batendo todos os recordes de vendagem de discos até então. Participaram de vários programas de televisão, deixando o país em polvorosa.
Em novembro mostraram-se para o Rio de Janeiro num show único no Teatro “Thereza Raquel” para sentirem a recepção do público carioca. Foi preciso chamar a polícia de choque para conter o assédio das pessoas que compareceram em numero três vezes superior á lotação do teatro.
Em junho de 1974 começaram as gravações do segundo álbum. Em agosto aconteceu o lançamento no programa “Fantástico” e ao mesmo tempo o término dessa formação, em consequência de brigas internas entre os membros. João Ricardo tentou depois ressuscitar o Secos e Molhados pelo menos quatro vezes, com diferentes formações, nenhuma incluindo qualquer outro membro original do grupo.
Na opnião de Luiz Carlos Maciel:
"Se, naquele tempo, uma nave mãe tivesse pousado, por exemplo, na Praça dos Três Poderes em Brasília e despejasse através de suas portas alguns alienígenas, ela não teria causado um impacto, uma perplexidade e um maravilhamento que pudessem rivalizar com os provocados pelas primeiras apresentações ao vivo de um novo grupo de música popular brasileira chamado Secos e Molhados. Foi um espanto! O impacto inicial era visual: nunca se tinham visto aquelas roupas, aquelas maquiagens, aquelas cores e desenhos; e mais: a movimentacão no palco, em especial a coreografia exótica e sensual de Ney Matogrosso, era simplesmente desconcertante. O impacto seguinte era sonoro, o espanto também era auditivo. O som dos Secos e Molhados surpreendia não apenas pelo timbre e registro insólitos da voz de Ney, mas também impressionava pela sua musicalidade exuberante, nas composições agudas e envolventes, nos arranjos modernos mas sutis e na qualidade contagiante das interpretações. A fase áurea dos Secos & Molhados é um momento singular da música popular brasileira. E eles só tiveram fase áurea! Surgiram e acabaram logo, para dar lugar a carreiras solo de seus componentes, como se tivessem sido o brilho súbito de um quasar, uma suava explosão, um sonho irreptível."
Abraços.
Matheus Carvalho".
2 Comentários:
A opinião do Luis Carlos Maciel, descreve perfeitamente o que significou o "Secos & Molhados" naquela época.
O Ney Matogrosso, mesmo na carreira solo, ainda carrega o estilo da banda. Seja na voz ou na maneira de dançar.
Ótimo texto, Matheus!
Abração!
Cara, fantástico eu ter lido isso hj, estava a escutar o Ney ali, e vim pro pc agora e resolvi entrar aq... Não escutei muito do grupo, mas com a exuberancia desse cantor e ator que é o Ney tenho certeza que a opinião de Carlos Maciel não é nada exagerada. O cara ralmente é fantástico, música que sai dele como pedaços de sua alma tanto pela voz quanto pela presença de palco.
Abraço
Maycon Dantas
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