segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Por que o Led Zeppelin não tocou no Woodstock?

. segunda-feira, 7 de setembro de 2009
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Em 1969, o Led Zeppelin era uma banda emergente que já havia principiado seu trajeto rumo ao estrondoso sucesso após lançar seu primeiro álbum. Esse disco resultava de uma combinação entre o blues e o rock, com amplificações distorcidas. Chegou ao número 10 na lista dos mais vendidos nos Estados Unidos naquele ano (vendendo 8.000.000 de cópias) e ao número 6 no Reino Unido.


Em agosto do mesmo ano, foi organizado na pequena cidade de Bethel, no estado de Nova York, o lendário festival de Woodstock que reuniu trinta e duas das mais impactantes bandas da época. Mas por que o Led não tocou no Woodstock?


A história foi a seguinte: os organizadores do evento convidaram a banda para tocar, mas o convite foi negado pelo empresário Peter Grant. "Nós fomos chamados para tocar em Woodstock e a gravadora (Atlantic) estava bastante entusiasmada, e Frank Barsalona (o promotor) também. Porém eu disse não pois em Woodstock nós seríamos apenas outra banda na parada", disse Grant.


Equivocada ou não, foi essa a atitude tomada pelo empresário, o que representou uma perda imensa para os que foram ao festival, para nós que não fomos agraciados com tal oportunidade (visto que, teríamos mais um registro áudio-visual) e também para o grupo que perdeu a oportunidade de participar deste momento único da música popular tocando para mais de 500.000 pessoas.


Abraços.


Matheus Carvalho”.

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sábado, 8 de agosto de 2009

Seu Jorge

. sábado, 8 de agosto de 2009
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Por: Lílian Carvalho

Olá a todos... Volto de final de semestre, férias e preguiça, para falar-lhes nada mais nada menos de um músico, que está presente nas músicas que eu tenho escutado ultimamente, meu ilustríssimo senhor Seu Jorge.

Primeiro filho de uma leva de quatro, Seu Jorge surgiu numa família simples, porém com estudo e comida na mesa. Começou a trabalhar muito cedo, no alto dos seus dez anos numa borracharia e em uma série de outros lugares, mas mesmo assim permaneceu com seu gosto e talento pra música, principalmente com os instrumentos de corda como violão e baixo.
Sua influência musical vem desde a adolescência, quando seu pai levava-o às rodas de samba carioca, o batidão do baile funk, o reggae, o rap (como participante da banda Planet Hemp mais tarde) e o soul.
Um tempo depois, um de seus irmãos foi assassinado numa chacina no Rio, desestruturando sua família e acabando morador de rua, que diga-se de passagem, a rua, foi seu teto e seu pão de cada dia pois
tocava pra tirar algum e ganhar a janta.
Iniciou sua carreira com a ajuda de um amigo, que o chamou pra um teste pra participar de um espetáculo. Foi assim que ele foi crescendo profissionalmente, às vezes como músico, às vezes como ator de teatro. Sem mais delongas, essa é uma dica pra quem quer conhecer música brasileira de qualidade. Seu Jorge é fino!
Vai links de duas músicas em especial, que eu gosto : 'Seu Olhar' http://www.youtube.com/watch?v=sr9vNG-GwFg&feature=related
E ' Chatterton' : http://www.youtube.com/watch?v=B1GBDYtHvZE

Hasta la Vista!

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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

VIII Encontro Internacional de Estudos Medievais

. quinta-feira, 6 de agosto de 2009
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Hoje vim falar de algo academico, aproveitando que as ferias foram adiadas para lembrar-vos um pouco da universidade huahuahuahuahuahauha.
Pois bem, do dia 11 ao dia 14 de agosto de 2009 ocorrerah na Universidade Federal do Espirito Santo, em Vitoria, um grande encontro para todos que como eu sao apaixonados pelo medievo, e por meio da minha postagem hj no Lado B vim convidar todos voces para comparecerem, a taxa de inscriçao eh de 80 reais e a hospedagem e a viagem deverao ser pagas a parte, uma vez que os brilhantes alunos do curso de historia da Universidade Federal de Uberlandia preferiram fretar um onibus pra ANPUH (exatamente, os ALUNOS quiseram ir ao encontro nacional da Associaçao Nacional dos PROFESSORES Universitarios de Historia, extremamente proveitoso nao?) pra puxar saco, lamber chao, pagar pau, lamber saco, etc... dos professores que lhes
dao bolsa.
Mas se vc, q nao eh como os outros cabeças de pudim do INHIS, quer realmente fazer uma viagem que lhe some conhecimentos, enriqueça seu curriculo e te faça aprender coisas novas, venha pra UFES, entre em http://www.cchn.ufes.br/depfil/viiieiem/ preencha sua inscriçao, escolha algum mini curso e assista as palestras, pq essa oitava ediçao promete!

ANPUH de -- eh ----! EIEM rulez!
ahuhsuahsuhaushuahsuhasuhauhsa
Abraços, Pedro Benedetti

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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Secos e Molhados

. segunda-feira, 20 de julho de 2009
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Hoje ecreverei sobre um fenômeno musical brasileiro, que aprendi a gostar e admirar na minha fase fã da música nacional.

Em 1970, o cantor e compositor João Ricardo, em viagem às proximidades de Ubatuba, teve sua atenção voltada para um letreiro onde estava gravada a expressão "Secos e Molhados". Adotou então o nome e criou a banda, que teve sua primeira formação em 1971.

Essa formação, no entanto, se desfez no mesmo ano. Em 1972 consolidou-se a formação clássica com Gerson Conrad, João Ricardo e Ney Matogrosso. Em novembro daquele ano fizeram a primeira temporada no Teatro do Meio, no Ruth Escobar, doublé de casa noturna: “Casa de Badalação & Tédio”. Durante as apresentações conheceram o futuro empresário, o jornalista Moracy do Val, que lhes propôs gravar o primeiro disco.

As gravações começaram em 23 de maio de 1973 e duraram quinze dias. O disco foi lançado quatro meses depois e ao fim do mês de setembro chegaria á marca inacreditável de trezentas mil cópias vendidas. Tornou-se o maior fenômeno da musica popular do Brasil, batendo todos os recordes de vendagem de discos até então. Participaram de vários programas de televisão, deixando o país em polvorosa.

Em novembro mostraram-se para o Rio de Janeiro num show único no Teatro “Thereza Raquel” para sentirem a recepção do público carioca. Foi preciso chamar a polícia de choque para conter o assédio das pessoas que compareceram em numero três vezes superior á lotação do teatro.

Em junho de 1974 começaram as gravações do segundo álbum. Em agosto aconteceu o lançamento no programa “Fantástico” e ao mesmo tempo o término dessa formação, em consequência de brigas internas entre os membros. João Ricardo tentou depois ressuscitar o Secos e Molhados pelo menos quatro vezes, com diferentes formações, nenhuma incluindo qualquer outro membro original do grupo.

Na opnião de Luiz Carlos Maciel:

"Se, naquele tempo, uma nave mãe tivesse pousado, por exemplo, na Praça dos Três Poderes em Brasília e despejasse através de suas portas alguns alienígenas, ela não teria causado um impacto, uma perplexidade e um maravilhamento que pudessem rivalizar com os provocados pelas primeiras apresentações ao vivo de um novo grupo de música popular brasileira chamado Secos e Molhados. Foi um espanto! O impacto inicial era visual: nunca se tinham visto aquelas roupas, aquelas maquiagens, aquelas cores e desenhos; e mais: a movimentacão no palco, em especial a coreografia exótica e sensual de Ney Matogrosso, era simplesmente desconcertante. O impacto seguinte era sonoro, o espanto também era auditivo. O som dos Secos e Molhados surpreendia não apenas pelo timbre e registro insólitos da voz de Ney, mas também impressionava pela sua musicalidade exuberante, nas composições agudas e envolventes, nos arranjos modernos mas sutis e na qualidade contagiante das interpretações. A fase áurea dos Secos & Molhados é um momento singular da música popular brasileira. E eles só tiveram fase áurea! Surgiram e acabaram logo, para dar lugar a carreiras solo de seus componentes, como se tivessem sido o brilho súbito de um quasar, uma suava explosão, um sonho irreptível."

Abraços.

Matheus Carvalho".

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domingo, 12 de julho de 2009

Bananaz para Gorillaz

. domingo, 12 de julho de 2009
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Por Érick (Delemon)

 

Hoje falo-vos de música. Na falta de escritores ativos por aqui para falarem de cinema, HQ, jogos e tudo quanto o mais arrisco nessa área que não conheço a não ser pelo que sei que gosto. Hehe. Pra mim isso basta e por isso eu falo da banda virtual Gorillaz!

 Gorillaz © 2005 EMI Records Limited. All rights reserved

O primeiro atrativo da banda foi justamente ela não existir enquanto pessoas. Os músicos por trás da banda não se referem à nenhum personagem específico. Tudo isso facilita na criação aleatória e divertida de uma origem para 2D, Murdoc, Russel e Noodle que lhes contente um passado igualmente virtual, assim como nunca se ouvirá nenhum escândalo desses partícipes, todos possuem um aspecto meio british-pop e punk.

O Gorillaz me cativou – como todos na época – com a música Clint Eastwood. Depois a banda se mostrou mais que um desenho animado, mais alguns bons álbuns vieram e a derradeira em que se pode perceber profunda habilidade com música veio em Demon Days.

Mesmo que tenha poucos álbuns a banda se mostrou versátil, não necessariamente ligada à facilidade de se desenhar e renovar pouco a pouco os membros da banda. Não lembro de nenhuma/não li resenhas dos álbuns, mas o primeiro – Gorillaz – varia do rock/rock alternativo ao hip hop por intermédio de música eletrônica, que se manteve com G-Sides de uma forma um pouco mais pesada… talvez… sombria!

Laika Come Home, é uma remixagem interessantíssima das músicas de Gorillaz, mas feita de tal forma que se tornaram quase outras músicas, a mim sempre me pareceu extremamente calcada no reggae: ficou uma mistura interessante.

Por último Demons Days – já começa a brilhar na capa (a meu ver), fazendo uma pequena intertextualidade com os Beatles. Desbancou o primeiro álbum e alcançou boas posições na tabela, mesmo não conhecendo de música só posso dizer que minha impressão é que é como se tivessem mantido o matiz do primeiro álbum, porém com um tom mais vivo, colorido – como disse “o próprio” 2D; a música é toda preenchida. Surge em 2007 o D-Sides, seguindo a mesma ideia do G-Sides: um disco de Lado B’s (sacou a intertexualidade bloguística) e remixes.

Sobre o fim da banda muito se ouve falar desde o segundo álbum. Há a possibilidade de um novo álbum de estúdio surgir ainda. Mês passado foi lançado um documentário, um filme já havia sido programado e cancelado, os últimos shows também sumiram em vista do custo e da dificuldade de se criar um show completamente holográfico – como foi o caso incrível do Grammy de 2006.

Diante da escolha de quase metade das músicas do primeiro álbum e Feel Good Inc. e Dirty Harry de Demon Days, vos deixo com Ghosttrain, um “Lado B” afinal! De um disco nem um pouco Trash, porém. Acredito que essa música consegue reunir um pouco de dub, remix/música eletrônica, ótimo vocal e modulação, rítmo pop gostoso de Gorillaz, junto com rock ao final. Aproveitem a montagem!


 

Gostaria de deixar também o vídeo que citei ali do Grammy 2006. Juro que sempre que o vejo arrepio. É uma obra de arte. Pra mim junta o melhor de Gorillaz com a transmissão perfeita pra música da Madonna – que também é perfeita desde o “início Abba” de Hung Up no melhor estilo Disco Music, (que também adoro). É demais:

 

Até a próxima

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segunda-feira, 6 de julho de 2009

História? Para quê?

. segunda-feira, 6 de julho de 2009
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Coincidência ou não, mas anteriormente à publicação da postagem do Érick (ontem), eu estive pensando em escrever sobre o sentido de se estudar história..
Antes de entrar no tema em questão acho que seria interessante se eu fizesse um apanhado breve da minha trajetória no curso.

Lembro de quando eu fazia o ensino médio lá em Araxá e já desejava fazer o curso. A inspiração vinha de uma professora com posicionamento político à esquerda que me refletir sobre algumas questões que até então eu não enxergava muito claramente. A partir daí, por iniciativa própria, tomei meu primeiro contato com Marx.


Àquele momento eu pude ter uma noção maior da dimensão de questões sociais, econômicas e políticas, mesmo que de forma simplificada. Cheguei a participar de alguns movimentos estudantis – o que me fez chegar já descrente deles à universidade.

Contudo, eu ainda acreditava na possibilidade de se fazer alguma coisa pelas pessoas. E a carreira de professor, e, ainda mais, sendo professor de história me parecia ser um caminho para fazer alguma coisa.

Entrei na universidade. Sai da minha cidade. Vim sem o aval de quase ninguém. Algumas pessoas me diziam coisas como: “Mas você é tão inteligente! Por que é que vai fazer história?”.

Dificuldades passadas – que talvez venha a contar em algum blog em outro momento. Momentos complicados, momentos importantes, mas todos valorosos para a minha formação acadêmica.

Enfim, o que eu queria destacar é que em boa parte do curso eu me perguntava o “porquê” de se estudar história? Para que me dedicava àquilo?

Algumas coisas me deixavam perdido. Os professores com posicionamentos diversos. Para uns a erudição parecia ser tudo. Para outros, a “reprodução” parecia ser tudo. E a outros, não conseguia enxergar qualquer sensibilidade a respeito da vida das pessoas...

Cheguei a querer me imergir na erudição. Cheguei a repudiá-la em outro momento...

Mas, estudando, é que encontrei algumas respostas. Melhor dizendo, como não poderia deixar de ser, buscando respostas, é que as encontrei.

E este é um ponto que considero importante para registrar aqui o que é minha concepção de história. Para mim prática e estudo são indissociáveis.

E o sentido da prática deveria minimante abranger ao que coloco aqui : um historiador, jornalista ou estudioso das humanidades – pegando emprestada posição semelhante do professor Eric Hobsbawm – deve se lançar a questões que são relevantes para os problemas de seu tempo.

Isso não implica dizer que a história de tempos mais remotos não seja algo importante de ser estudado, como alguns poderiam pressupor. Porém, a meu ver, para qualquer estudo com o qual nos propusermos a abordar, é necessário que levemos em consideração se aquilo tem alguma relevância para os problemas da vida social.

Do contrário isso é mera erudição. E que me desculpem os eruditos adeptos do conhecimento-vazio-construído-em-torres-de-marfim-do-saber-oficial, mas não acho que o propósito da história é estudarmos temas “fascinantes” como: a milionéssima nona análise das obras do Molière; a arquitetura das pirâmides do antigo Egito; ou a análise sistemática da estruturação discursiva das obras neo-freudianas da abstração moral (se é que esse último existe, apesar que não duvido muito...).

E, além disso, quando falo em ser historiador, também falo em ser professor. E ser professor no nosso país, significa trabalharmos com crianças e adolescentes que têm problemas REAIS! E se não nos preocupamos com isso. Se não nos preocupamos com a vida dessas pessoas. Se não queremos um mundo melhor. Se achamos que nada podemos fazer e que tudo é como é porque é natural, melhor seria nos abstermos de tudo. Largar a universidade. Pedir que cassem todos os cursos não só de história, mas de todas licenciaturas oferecidas pelas instituições deste país!

Obviamente, tenho em mente todas dificuldades que ocorrem no cotidiano das escolas públicas. Problemas que o governo tem responsabilidade. Mas que nós também temos. E quando falo em nós, falo desse NÓS, falo de professores e estudantes de licenciaturas.

Estudantes que ficam preocupados com seu ridículo mundinho universitário e muitas vezes desconexo com a vida das pessoas de fora de suas instituições e – desculpe dizer para aqueles que ainda não se aperceberam – são a maioria das pessoas. Professores, que reclamam da situação profissional e nada fazem de concreto para mudar alguma coisa. (Ou não seria uma verdade que as raras manifestações geralmente só ocorrem motivadas por questões salariais? O que é importantíssimo obviamente. Mas será que não é preciso nos manifestarmos a favor do ensino público de qualidade e mais digno?).

A meu ver o que nós, estudantes e historiadores, deveríamos recuperar seria o “espírito” da crítica construtiva, e ressalto, para questões do nosso tempo. Tal como fizeram, mesmo com seus erros e posições questionáveis – somente assim que acertamos em alguma coisa, não é mesmo? – autores (nem todos historiadores) como Caio Prado Júnior, Nelson Werneck Sodré, Paulo Prado, Sérgio Buarque de Hollanda, Déa Fenelon, Eder Sader, Paulo Freire e tantos outros...

E para quem não se importa com nada disso e quer continuar estudando história só digo o seguinte: seja feliz estudando àquilo que não interessa para ninguém aí no reino encantado das bolsas de iniciação e do currículo lattes. Afinal, não vivemos no mesmo mundo, né?

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sábado, 4 de julho de 2009

Uma reflexão sobre História

. sábado, 4 de julho de 2009
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Por: Érick Delemon

 

Tenho 18 anos e mal terminei o primeiro período de História. Quase imberbe não me dou ao luxo de cagar regras sobre como devem ser as coisas! Ao menos tento não falar daquilo que não sei! Um hábito muito comum no Brasil e que já me afetou muito. E hoje quero deixar uma reflexão a que cheguei – e não é nada nova, nem, contudo revolucionária. Ao contrário, a chamo de conservadora, e por isso mesmo a julgo tão importante hoje: um momento em que esse sentido da História não me parece ser devidademente trabalhado na faculdade.

Falo aqui do porque de se escrever História. Num blog em que há tantos futuros historiadores, nós mesmos não adentramos muito nos detalhes de nossos estudos na Universidade talvez até para não enfadar nossos leitores com temas semelhantes e que constantemente se pareçam com trabalhos acadêmicos. Hoje acredito seguir esse costume ao menos em parte – mesmo que falando de História.

800px-Jacques-Louis_David_004 Leônidas do século XVIII é o Leônidas de “300”? E esses conjugam a verdade?

 

Meu objetivo aqui é simples: eu não sei por que quero fazer História. Por que quero escrever longos textos que decorrem de pesquisas em papéis e mais papéis e outros suportes. Mesmo quando tento explicar minhas motivações aqui, tudo parece partir de uma inexplicavel vontade de simplesmente conhecer mais, saber mais, entender mais e daí – talvez – a vida ditaria os rumos em que melhor aplicaria meu conhecimento. Meio estranho, muito subjetivo.

Quando nos é perguntado sobre os sentidos da História, ou sobre por que se pode fazer História, ou como ela é feita, ou ainda: qual o nosso objetivo em fazê-la, temos várias respostas à mão. E muitas muito boas e acredito que em maior ou menor medida, posso endossar a maioria delas: por reinterpretar a realidade, por fornecer novos meios de entender os costumes de hoje e de antigamente, ou simplesmente para se ter memória do que é o ser humano enquanto ser ‘secular’ e que pode ser pensado para além de uma única geração a qual nosso corpo – e talvez mente – esteja preso. Alguns, de diretiva esquerdista também podem dizer: para dar voz aos oprimidos, aos que não tem história. Para reafirmar a retórica dos trabalhadores. E tudo o mais.

Sobre esses últimos não tenho opinião formada, apesar de achar um estudo de História legítimo e louvável, mesmo que não concorde com as categorias de análise com que trabalhem – mas sou contra que somente esse tipo de História seja feita sobre o povo brasileiro, somente este tipo de estudo seja capaz de “mostrar a realidade como realmente é”.

Para mostrar uma coisa, só posso dizer aos meus amigos que farão prova de Roma nessa semana que o sentido da História é o mais louvável quando este se mostra similar aos que gregos e romanos faziam. Não é retrógrado querer retomar essa visão de senso do humano e perenicidade de sua natureza como base para uma historiografia do século XXI que tenha responsabilidade intelectual. Não desejo que voltemos no tempo, que apaguemos todas as mudanças, que só façamos histórias de guerras, que só descrevamos o imediato.

Mas que nos preocupemos com algo que deva ser deixado, algo que possa penetrar na acidez corrosiva que o tempo age materialmente e no imaginário. Algo que mostre que Heródoto fez suas histórias, relantando-as, mas jamais comentou, manteve-se isento enquanto opinador, que Tucídides possuía uma escrita invejável e que talvez não tenha sido superada justamente por sua preocupação com os valores que deveriam ser passadas. Assim como demais, vemos Tácito, ou Salústio, que enxerga as virtudes como a única coisa que permanece no tempo, que perpassa a História. Se não é a única, é a principal que deve ser posta à rigorosidade do tempo. Para que seja mostrada, avaliada e assim identificada no tempo posterior.

Do ser humano, é o que trata a História. E de sua natureza é o que trata a Filosofia.

Enquanto não falo mais dessa minha visão estranha da Filosofia da História. Fico por aqui, até!

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segunda-feira, 22 de junho de 2009

O espírito de amizade

. segunda-feira, 22 de junho de 2009
4 Comentários


Durante a semana que passou, vários acontecimentos me levaram a refletir sobre minhas relações, fatos que me inspiraram a escrever esse texto simples, óbvio, objetivo e diferente do que estou habituado.


Amizades verdadeiras, no cenário social em que vivemos, são cada vez mais raras. Mas este fator é óbvio, e é abaixo daí que se encontram os problemas. A amizade como foi colocada por Cícero nos mostra a ligação entre essa e a felicidade.


Realmente seria difícil gozar de um sentimento de bom êxito, sem sentirmos pelo menos apreço por alguém. Se analisarmos as relações sociais vamos perceber que o principal agente desencadeador dessa escassez de relações afetivas, é a ética, ou melhor a falta dela.


A ação desse agente foi explicado melhor por Platão ao sentenciar que as relações de amizade são, em sua maioria, geradas por Philautia, ou seja, a quase totalidade das pessoas que se mostram suas amigas o fazem por puro interesse. Essas regras observadas por estes estudiosos podem ser facilmente aplicadas na sociedade capitalista, onde pessoas simulam afetividade visando um bem futuro, mesmo que para isso seja preciso aniquilar a felicidade de alguém.


É difícil ver alguém hoje preconizando idéias como as propostas por Rosseau (Liberdade, Igualdade, Fraternidade). Se examinarmos a etimologia do termo Fraternidade, veremos que nos levará à concepção de irmandade, que por sua vez, seria o verdadeiro espírito de amizade.


Então devemos arquitetar as verdadeiras amizades, visto que, essas só se consolidam com muitos anos de convivência e confidência, como fazem os irmãos.


Abraços.


Matheus Carvalho”.

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domingo, 21 de junho de 2009

Truculência mano!

. domingo, 21 de junho de 2009
1 Comentários

Por: Érick Delemon

É isso aí! Já vinha lendo sobre o assunto e definitivamente me dou o luxo de endossar linha por linha as opiniões que dizem que o ensino superior no Brasil está morto (ou quase, pelos ativos alunos marxistas pululantes que o habitam). Acabado, moribundo catatônico incapaz de reagir acadêmica, moral, intelectual e fisicamente a momentos como esse:

Olavo de Carvalho disse que quando publicou seu livro sobre Aristóteles, quebrou um jejum de 20 anos sem que o país produzisse sequer uma pesquisa sobre o estagirita. O espanto é grande pois se trata de um dos, senão o maior filósofo que já existiu! As faculdades de História e Filosofia estaria preocupadas demais com sindicatos, alienação, dialética do oprimido e afins para lançar de vez em quando um ou outro livro sobre as novas interpretações do assunto, como nos EUA, Alemanha, França e afins? O arcabouço intelectual do aprendiz de Platão é tão inesgotável que já se passam 2400 anos – contando o hiato em que as obras sumiram do mapa no início da Idade Média – em que o estudo de Aristóteles se faz presente geração após geração de intelectuais, pensadores, filósofos – enfim: formadores de opinião.

Meu ponto é dizer: não tem-se intelectuais no Brasil desde os tempos da ditadura, há mais de 20 anos esse país parece não produzir um pensador realmente autêntico, alguém que possa ser chamado literalmente de genial e admirado irrestritamente no exterior como Ronaldo já foi, como Senna ainda é. Partir desse caso específico não é motivo de prova da morte do ensino superior, mas exemplo.

As provas eu as tive quando depois dos meus primeiros meses de aula fiz um retrospecto e percebi que sempre chegava em casa cheirando a maconha, ou no mínimo tendo sentido o cheiro um pouco distante. Nos intervalos o contato com os usuários é constante, ou no mínimo sua presença inevitável em pontos do trajeto. A prova se tem quando vejo belos cartazes de grupos de estudo gramscianos, grupo de estudo de Marx, em que se leria todo O Capital, grupo de estudo de cultura popular – sempre sob a ótica de neomarxistas e socialistas… enfim, jamais vi cartaz de estudo sobre Smith, Mises, Bawerk, cadê o diálogo universitário tão valorizado em seu discurso?!

No ambiente universitário o discurso esquerdista é vox populi, é unívoco senão fosse pelas rixas que nada mais são expressões das lutas de poder internas dos partidos levadas aos diálogos da universidade. Se disse diálogos, perdão, cenas como Matias do Tropa de Elite na universidade, e do caso de amigo Pedro – logo abaixo – mostram que a USP’s não são lugares para vocês, como diz a moça do vídeo.

O apelo do público perdeu-se! Não estão acostumados a serem questionados nesses vinte anos de nenhuma produção genuinamente científica das áreas de humanidades, afinal Marilenas Chaúis fazem coro ao estudantes. Invadir a reitoria como forma de conseguir um feito também já não é o ponto. É invadir simplesmente pra conseguir falar. Mais do que já falam em suas revistas, Caros Amigos, Carta Capital, além de contar com a omissão da Folha, Globo e afins.

O vídeo não possui nada de chocante para mim – ser chamado de fascista ao defender o diálogo e a propriedade privada de quem trabalhou para consegui-la já me é comum – o conteúdo da notícia, que fala da truculência dos alunos espancarem quem é contra a greve, não… isso não é fascismo, afinal a definição de fascismo realmente se encaixa na defesa do diálogo, jamais o fascismo se definiria pelo uso da força: estudantes avante! Calai os porcos capitalistas e sua mídia controladora e alienante, não deixem que se exprimam a favor do grande capital – contra a propriedade!

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quinta-feira, 18 de junho de 2009

Discussões

. quinta-feira, 18 de junho de 2009
3 Comentários


Na aula de hoje à noite ocorreu algo que me inspirou para o post de hj... Nao tenho posicionamento politico, mas todo mundo que me conhece me enquadra na "direita"... até aí tudo bem, prefiro sê-lo do que de "esquerda". Isso não impede que eu tenha amigos com outras visões de mundo e estabeleça discussoes SAUDÁVEIS com eles, Nádia e Felipe (com quem tive o prazer de apresentar o seminário de marxismo na atualidade) que dizem ter um posicionamento claramente a esquerda, Leonardo que já esta no fim do curso tambám diz ter um posicionamento parecido, André (famoso Preto Veio) que até é afiliado ao PSTU, além de professores como o Antônio Almeida e Maria Clara Tomaz Machado.
Com todos esses jah debati, e em todos os debates sai mais maduro intelectualmente, são todos ótimas pessoas, com muitas leituras e argumentos, exel
entes visões. O que direi aqui entrará para o "manual do universitário feliz".
Bom, todos nos gostamos de buteco... e lá a gente joga conversa fora, fala abobrinha sem medo, xinga os outros amigavelmente na cara mesmo, mas todos sabemos que o buteco é diferente da academia... e na academia temos que ter argumentos consistentes para sustentar nossas ideias, e nao agir autoritariamente como dono da verdade, creio que essa ainda é a base da dialética dentro da universidade.
Pedagogos... perdoem-me, mas ainda defendo que o ensino básico deveria ser composto de Oratória (a arte de bem falar), Gramática (a arte de bem escrever) e
Dialética (a arte de bem argumentar) além das ciências matemáticas: Aritimética (números em repouso), Música (números em movimento), Geometria (grandezas em repouso), e Astronomia (grandezas em movimento) assim como era a escola grega. Então, nao deveria-se entrar na universidade e participar da construção do conhecimento aquele que nao dominasse essas dimensões da razão humana. O ponto ao qual quero chegar é o seguinte... não podemos discutir academicamente o que discutimos no buteco, ou seja, nao podemos chegar em uma mesa redonda no anfiteatro do bloco 3Q, colocar uma garrafa de 51 no meio e gritar na cara dos participantes que estes não bem sabem o português, e que são todos burros.
O conhecimento acadêmico é feito de um processo dialético, onde nao há espaço para ignorâncias partidárias de qualquer tipo, de fanatismos politicos de nenhuma natureza, se você faz trabalho social no MST ou se é partidário do ARENA pouco importa, sentem-se à mesa e discutam como pessoas educadas e abertas à discussão.

Não existe construção de conhecimento sofista... Então, se você começar a discutir com um "projeto deformado e mal-acabado de um Stálin metido a alternativo" como o que eu discuti hoje, simplesmente vire a cabeça pra frente e preste atenção na aula, o mesmo vale para "rascunhos porcos e toscos de Benitos Mussolinis pseudo-intelectuais reacionarios".
no mais

Keep on Rockin' in the Free World


Abraços
Pedro Benedetti

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domingo, 14 de junho de 2009

Nova visão sobre a crise e o Estado

. domingo, 14 de junho de 2009
3 Comentários

Por Érick Delemon

 

Já aviso que não vim arrotar sobre a crise tanto tempo depois de seu início e tanto tempo antes de se chegar a um consenso de seu fim. Ao contrário, vim mostrar um outro lado. O lado que não é visto na Universidade, e já nem mais na mídia, somente em alguns pontos específicos na Internet, redutos firmes e pontuais em suas críticas, com opiniões e análises muito, mas muito diferente da que tomei contato nas minhas aulas de Sociologia, Filosofia e História no Ensino Médio, e mais ainda dos grupos de estudantes da Universidade. Dentre essas visões que podem parecer incomuns é a de que essa tal crise é culpa justamente do Estado. Esse ente gigantesco que hoje ‘socorre’ empresas acusadas de irresponsabilidade, é colocado sob a luz de culpado pela crise: “criada pela própria interferência do Estado na economia e nas finanças, ao manipular taxas de juros e o mercado de crédito.1

 

FinancialCrisisDollar

De acordo com o prisma liberal a economia é solapada pelo controle estatal há pelo menos um século. Logo, falar em Estado Capitalista como meio para criticá-lo é tolice e no mínimo um artifício de argumentação que não toma base nenhuma na realidade. Por liberal devemos entender que falo da ótica do Liberalismo econômico, e não o liberal que se tem em mente na acepção que foi se consolidando nos EUA como forma justamente de esquerdismo ao se referir a um comportamento mais “flexível” e aberto a mudanças. Assim, essa crise é efeito tardio de uma causa de raizes socialistas – ou pelo menos – esquerdistas.

Uma crítica que a direita faz por exemplo, é o fato de se alardear que a crise não foi tão arrebatadora no Brasil devido à solidez de nossa economia! Eles rebatem dizendo: 2

[…] não há tanta atividade econômica assim, especialmente a de crédito. Mais da metade da economia nacional é informal. O volume de crédito em todo o País, é de cerca de 40% do PIB, já que todo o resto restringe-se aos papéis do governo – títulos de divida pública, que financiam os bancos. As exportações são baseadas em commodities, especialmente no setor agrícola, e, convenhamos, comida continua a ser necessidade do dia a dia.

Mais: na contramão de tudo o que a mídia noticia falam – numa crítica ferrenha ao governo e seu posto maior – sobre a intervenção estatal: 3

[...] a crise não desencadeou a leitura de que o mercado precisa do estado, mas sim justamente o contrário: é o estado quem precisa do mercado, e ainda mais neste momento de crise!

Desde que a marola atingiu o Brasil, a arrecadação tributária vem continuamente caindo. Aí já se comprova liminarmente quem é que precisa de quem. Pois, ao ver o seu cofre minguando a cada mês, o que tem feito o governo para reverter a situação? Ora, ciente de que estrangulava a vaca que lhe fornecia o leite, acena com seqüenciais cortes de impostos sobre a produção, ao mesmo tempo em que camufla suas ações com a cortina de tinta preta (coisa de molusco) bradando fingidamente ajudar àqueles a quem na verdade sugava-lhes as forças. Pois, desde quando desonerar impostos é ajudar ou fazer alguma coisa? Diminuir tributos, é sim, um não-fazer, é deixar de extorquir, é abster-se de expropriar!

Dando o golpe final:

Então, se a solução para a crise é diminuir impostos, porque já não vinha o estado o fazendo antes da crise, como forma de propiciar o crescimento da poupança e o desenvolvimento da nação e gerando com isto mais empregos? Claro, isto significaria uma vez mais admitir que é o mercado que tem prosperidade a oferecer à nação, e não o estado!

Lembro a vocês até que esse autor utiliza Estado com “e” minúsculo pois “O estado não é uma entidade sagrada e nem é nome próprio, logo não merece a inicial maiúscula.” Daí se percebe todo um discurso ausente de qualquer forma midiática.

 

crise

Por que será? Estranho é pensar que esse é o discurso Liberal, o discurso dos temidos capitalistas que – segundo “aprende-se” à exaustão – são os líderes da globalização, os dominadores do mundo, os 10% que comandam todos os rumos da economia mundial. Será?! Se é esse o discurso hoje da “classe dominante” porque não estão eles no comando dos jornais e meios de comunicação? Não é o que se traduz na realidade.

Não é porque desde que entrei na oitava série não havia sequer um ano em que o tema globalização tivesse uma atenção trimestal das aulas, e sempre nos era apresentado um panorama em que tudo que essa louca globalização fez foi em prol do Capitalismo (enquanto sistema econômico) e (enquanto sua ideologia) o neo-liberalismo. E especialmente porque o neo-liberalismo é tão mais abominado pelos liberais do que pelos próprios esquerdistas, comunistas, sociais-democratas, e afins.

Pois bem que isso é só a ponta do iceberg da argumentação liberal/conservadora contra os abusos do Estado sobre economia. Tentei jogar aqui alguns crivos principais (a meu ver) para a desconstrução do que está posto pela mídia e senso comum. Para mais, peço urgentemente que leiam o artigo do Rodrigo Constantino: A Crise Vista por um prisma liberal, que retrata a visão de quem está de dentro, de quem sabe exatamente o que é Liberalismo, equanto eu somente recentemente tomei contato com essa retórica e lógica, ante anos (ainda correntes) de imáginário estudantil.

 

Por enquanto, fico por aqui, e perdão pelo post esteticamente longo, mas que no conteúdo é somente um arranhão. Espero em breve poder trabalhar mais o assunto em posts no meu próprio blog, quando puder retomar os posts lá. Até

 

 

Notas_headsection

1Instituto Federalista no Mídia sem Máscara: Os Afundamentos Econômicos

2 – idem.

3Klauber Cristofen Pires no Mídia sem Máscara: Sobre Bravatas, a Igualdade e a Liberdade



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sábado, 13 de junho de 2009

Sobre Música

. sábado, 13 de junho de 2009
2 Comentários

Por: Lílian Carvalho

Esse post é um pouco diferente dos outros que tenho escrito, porém, trata do mesmo assunto dos outros, que é música.
A música pode até fazer parte da indústria cultural do mundo, mas é uma das formas mais bonitas de arte pra mim. Pena que por esse aspecto comercial, fazem-se músicas sem o total conceito de musicalidade e qualidade musical.
É a forma de arte mais acessível e presente na vida das pessoas, a arte do do som. Quem nunca cantou na vida, por mais que seja no banheiro? Quem nunca batucou algum ritmo em alguma superfície, nem que seja pra brincar?


É a forma de expressão mais bonita e singela.
Amar Ela é só pra quem é capaz. É uma coisa muito além de gostar, viver e respirar Ela, é só pra quem tem o dom. Porque viver pra Ela não é uma tarefa muito fácil, é uma vida de muita doação, de muito sono perdido, de muita decepção. Mas quem vive pra música, ama loucamente e odeia fortemente. Odeia porque não se sabe viver sem.
A musica faz parte da vida de todo mundo. Todos temos um aparelho de som. A música faz parte dos momentos difíceis, dos alegres, dos tristes, dos momentos raivosos, injustos. Use e abuse!
Espero que ela te ajude como me ajudou.

Hasta la vista!




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domingo, 7 de junho de 2009

Politicamente correto, sociedade e ditadura

. domingo, 7 de junho de 2009
4 Comentários

Por: Érick Delemon

 

Estava eu lendo um blog de um fiel amigo da Internet. E lá me deparei com dois posts que, no final, trouxeram uma “discussão” em que os acusadores simplesmente misturaram qualquer argumento ridículo de politicamente correto. Que cada dia mais vejo como uma empulhação – como diz o Olavo. Isso de politicamente correto é só um nome novo pra “moralismos”, termo que hoje em dia pega mal somente porque parece apregoar algo passado e retrógrado; e contudo ser politicamente correto parece ser como assumir uma série de paradigmas em que você não pode dizer o que realmente pensa, com medo de onfender mil e um sujeitinhos sociais (veja por exemplo, o que diz a pédia).

Sim, sujeitinhos porque nesse novo moralismo todo mundo é um grupinho à parte, toda e qualquer forma de identidade se torna preceito para uma nova minoria excluída. Sim porque para alguém que é diferente não vale ser diferente se não for excluído, afinal esse é o motivo de urgir tantas diferenças tão sistêmicas e sem fundamento.

 

sacrifice

© John Pritchett

O humilde sacrifício: o da verdade!

 

Concordo com o Mr. X sobre a ditadura do politicamente correto:

Um fenômeno global desse tipo, em que idéias idiotas ou contraditórias são universalmente promovidas, e os que se negam a aceitá-las são punidos, não pode ser mera coincidência.

Maconha bom, cigarro ruim. Aborto bom, pena de morte ruim. Palestinos bons, israelenses maus. Socialismo bom, capitalismo ruim. Gays bons, cristãos maus. União Européia bom, soberania nacional ruim. Armas nas mãos de guerrilheiros e terroristas sim, nas mãos de civis, não.

Essas não são idéias que surgem espontaneamente na cabeça das pessoas. São promulgadas e difundidas insistentemente pela mídia, fundações, ONGs, instituições.

E ai de você se discordar.

O amigo blogueiro nem discordou, nem concordou: relatou o cômico de sua situação e… ai dele! Uma pena realmente. Ademais ele não insultou ninguém, e como ninguém ousou nos comentários, amaciando-lhe o ego somente para dizer: éé, difícil agradar a todos, ou tem gente que não entende, eu disse: não tem que pedir desculpas, não insultaste ninguém, nem nenhum grupo, ademais, concordo com Spagnoli: temos o direito ao insulto; quando nos sentimos mal e da mesma forma que aquele que grita se achando insultado com um relato da realidade e imputa falso crime, pode ouvir uns palavrões e berros e por falso testemunho e ouvir alguém mandando-o descer do mundo onde ninguém tem a necessidade de falar umas verdades quando o sangue lhe sobe à cabeça e todos são certinhos, centrados, usando termos neutros e adornando o fadado relativismo ao discurso de todos.

 

sheriff-political-correctness-john-s-pritchett © John Pritchett

Morte de tudo que representa a 1ª ementa estadunidense, a imprensa e sua liberdade

 

Da limitação do discurso pessoal por termos relativizadores – quando não são necessários, ou até danosos para o argumento – passamos a um momento de controle subjetivo das coisas. Parece pequeno, mas a partir do momento em que seguramos nossa língua na preferência de um termo ameno em lugar de algo que realmente sentimos e acreditamos ser necessário que seja dito, já temos nossas opiniões sempre num cadafalso, à espera da morte sufocada e de quebrar a espinha da verdade como a queremos exprimir.

Num lugar como uma enciclopédia, por exemplo, ou algo que visa a informação generalizada o texto deve sim ser construído com um princípio de imparcialidade. E nesse âmbito certas palavras devem ser evitadas. Mas isso somente enquanto um texto de construção e ligação entre fontes, sendo o próprio artigo enciclopédico uma fonte secundária ou até terciária. Mas quando o artigo cita, expõe ou mesmo constrói seu texto com base num ou outro autor, este deve ter seu discurso levado às exatas medidas com que foi construído. Com suas acusações mais horrendas ao tema, ou seus elogios mais ébrios.

 

fiction © John Pritchett

Os jornais, ao serem politicamente corretos, correm o risco de se tornarem leitura diária de ficção

 

Do discurso pessoal e do que deveria ser relato da realidade amenizado pelas palavras, entramos no reino da ficção. E dessa ficção que é lida como relato do real, só podem sair cidadãos que não vivem mais na realidade, mas ficam absortos na verossimilhança do real material e perdidos na ficção do real subjetivo. Depois disso, como já mostra o apanhado que já apontei aqui de Regresso ao Admirável Mundo Novo de Huxley: só resta o totalitarismo da estabilidade, a ditadura pacífica.

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sábado, 6 de junho de 2009

João Gilberto

. sábado, 6 de junho de 2009
3 Comentários




Por: Lílian Carvalho

Olá leitores do Lado B, faz tempo que não tem nenhuma postagem por aqui eim?
Pedimos desculpas por essa falta e sigo falando de música mesmo.
Axo que somente apreciadores de Bossa Nova o conhecem. E que bom os que não apreciam conhecem do mesmo jeito, ou pelo menos já ouviu falar no nome dele.
João Gilberto.
Nada mais, nada menos que o idealizador, o criador do ritmo do violão bossanovista.
Natural de Juazeiro, Bahia ele simplesmente entrou na história da música popular brasileira. Digo que ele é o criador da Bossa, poque foi ele mesmo que criou. E ponto.
Sabe onde? No chão do banheiro da casa de sua irmã, no interior de Minas, quando passava por um momento difícil de sua vida, sem dinheiro, decepcionado, voltando pra casa ( na época, voltar pra casa sem o que queria conquistar, que era ao menos um emprego, era uma vergonha, decepcionante ), sentou nesse chão e nesse banheiro ( por que gostava do eco ) inventou o ritmo que fez no Brasil um frenesi sem tamanho.
Misturando samba, MPB e principalmente jazz que nasceu esse ritmo. Talvez seja poque tinha esse cunho do jazz fortíssimo que a Bossa tenha ficado um tanto quanto famosa pelo mundo a fora. Há quem diz que esse ritmo não é brasileiro, é uma imitação. Mas pra mim, é uma mistura de gêneros que começava a acontecer e que inclusive é o ponto principal de quem faz música hoje.
A Bossa foi alvo de muitas críticas, por ter sido feita quase na mesma época do Tropicalismo, criticada por ser um estilo musical que completamente ignorava o estilo de protesto.Que ignorava os problemas do Brasil. Mas convenhamos, música é também uma forma de protesto e não música é só pra protesto. Outra crítica muito forte contra a Bossa, é que seria que é um estilo musical elitista. Na minha opnião, a Bossa pode até ter sido feita por músicos que já tinham uma condição financeira boa, e até ter sido aceita mais fortemente pela elite, mas ela não foi feita para a elite.
Vemos que esse assunto dá pano pra manga.
Mas voltando ao assunto principal que é falar sobre o João Gilberto, as pessoas hoje mal o conhecem. Conhecem mesmo é o Tom Jobim ( principal arranjador ) e o poetinha Vinícius de Moraes ( principal letrista). Faço uma pequena observação aqui, que chamo o Poetinha de 'poetinha' não porque ele era ruim ou sei lá o quê, mas sim porque esse era o apelido dele entre amigos. Acho que ele ficou menos famoso porque não gostava de sair muito, ia a poucos programas de televisão e até mesmo porque morou por um bom tempo nos EUA.
Mas vale à pena ouvi-lo. Sem dúvidas, um grande músico. Vale lembrar também de que além de inventar o ritmo da Bossa, ele que inventou também o cantar bossanovista, aquela vozinha baixa, sem firulas e bela.

Acho que só. Voltarei na discussão das críticas.

Hasta la vista!



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segunda-feira, 1 de junho de 2009

O disco que abalou o mundo

. segunda-feira, 1 de junho de 2009
1 Comentários


Em 1967, uma verdadeira revolução cultural começou a partir das mãos de jovens. A juventude rejeitava a guerra e propôs paz e amor, especialmente para dar um basta ao conflito no Vietnã. A psicodelia invadiu as revistas, a televisão e as ruas. As cores deram vida à moda, que floresceu como nunca nas grandes capitais. No meio de tanta mudança uma banda de rock captou o espírito. E lançou um disco considerado um dos melhores já feitos até hoje, o Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band.


Naquele ano, a carreira dos Beatles estava mudada. O quarteto britânico não fazia mais turnês e dedicava mais tempo às gravações em estúdio. Após cinco meses dentro de um deles, o Abbey Road, e 700 horas de gravação sob a batuta do produtor George Martin, o auge da criatividade dos meninos de Liverpool estava atingido.


Mas por que Sgt. Pepper’s é considerado um marco? Resumidamente (sim, porque as inovações do disco renderiam – e já renderam alguns livros), porque provou que o rock não precisava se limitar a acordes simples e instrumentos básicos. O trabalho foi muito além do esquema padrão “guitarra-baixo-bateria”, adicionando clarinetas, harpas, instrumentos indianos e até flertando com uma música eletrônica primitiva. Paul McCartney resumiu assim a experiência: “Antes tantávamos compor canções pegajosas. O Pepper’s foi mais como escrever um romance”.


O álbum foi uma das poucas obras de arte a serem reconhecidas imediatamente pelo público e pela crítica. Quer uma prova? Jimy Hendrix tocou a música “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” em um show apenas três dias após seu lançamento. “Sgt. Pepper’s é o disco de rock mais importante já gravado, uma aventura insuperável em conceito, som, composição, capa e tecnologia de estúdio, feito pelo maior grupo de rock de todos os tempos”, descreveu a revista americana Rolling Stone, ao selecionar o trabalho como o número 1 numa lista dos 500 melhores álbuns.


Até hoje, a música deve algumas coisas ao Sgt. Pepper’s. Discos com letras no encarte, por exemplo. A capa dupla do álbum também foi uma inovação. O cenário produzido pelo artista Peter Blake custou uma fortuna para a época: 1500 libras, 300 vezes mais que o habitual.


Abraços.


Matheus Carvalho”.

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domingo, 31 de maio de 2009

Para além da Wikipédia

. domingo, 31 de maio de 2009
1 Comentários

Por: Érick Delemon 

 

600px-Wikipedia-W-bold-in-square.svgPessoal, hoje quero ser um pouco disruptivo com relação aos meus posts anteriores – em geral nostálgicos – para falar de algo mais atual e que prometo tratar pormenorizadamente no meu próprio blog, ainda que num futuro nebuloso. Muitos estão acostumados com a maior enciclopédia do mundo: a Wikipédia! Mas poucos se aventuram nos seus projetos irmãos, como são chamados pelos editores. A iniciativa ousada da wikipédia de se arrojar a ser a maior, mais completa, atualizada e livre enciclopédia trouxe frutos para seus usuários, na tentativa de abranger o conhecimento humano livre (sem restrições de copyright) para além da enciclopédia.

Wikisource-logo O primeiro – e talvez mais importante – projeto que vai além da pédia é o Wikisource, a biblioteca livre. É um “acervo virtual de textos originais que estejam em domínio público ou possam ser usados livremente”, e abriga interessantes projetos como o Vade Mecum, que visa ser uma coletânea legislativa para pronta consulta. Há também os Textos audíveis, com layout baseado na versão italiana do projeto, conteúdo baseado na alemã e estrutura e organização do wikisource em inglês.

Wikibooks-logo Partindo para outro irmão, temos o Wikilivros, livros abertos para um mundo aberto: onde é possível ao editor escrever livros sobre os mais variados assuntos. Destaco aqui o livro sobre Civilização egípcia, idiomas, e culinária. É um importante projeto que interpola os textos fontes do Wikisource com os artigos da Wikipédia, e pode num futuro render bons 750px-Wikiversity-logo.svgfrutos como uma tríade sustentadora da Wikiversidade, a universidade livre – de longe o mais ousado projeto de toda a Wikimedia Foundation – visando o estudo autonômo on-line. E mesmo sendo mais recente projeto da língua portuguesa, já conta com um interessante curso de Introdução à Língua Latina em estruturação.

Por fim temos o Wikinotícias, o Wikcionário e o Wikimedia Commons, como depósito de multimídia utilizada por todos os demais projetos. Fico por aqui com essa visão geral dos proejtos irmãos da Wikipédia. Ainda pretendo escrever mais sobre cada um, e saindo da mera descrição pra tentar analisar problemas, vantagens e futuro de todo esse mundo wiki.

Sem mais,

 

Érick.

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sábado, 30 de maio de 2009

Vanguart

. sábado, 30 de maio de 2009
3 Comentários

Por: Lílian Carvalho

Olá a todos do Lado B de um Disco Trash!
Desculpem-me a ausência nos dois sábados anteriores em que não postei nada por aqui, e sigo com meus posts sobre música, uma das coisas que mais me interessa.

Falo hoje de uma banda que está a muito pouco tempo na ativa, mas que já conquistou seu espaço no território nacional de bandas alternativas. Vanguart.

Eles me apareceram aos poucos, por meio de clips na tv, entrevistas aqui, grandes nomes falando sobre e foi num belo dia que eles me apareceram em Uberlândia, cidade onde moro, num show patrocinado pela UFU.
Assisti ao show. Na verdade eu só conhecia uma música: "Semáforo".
Mas o que mais me chamou a atenção em relação a eles foi a presença de palco de Hélio Flanders, seu vocalista. Impressionante sua envolvência em suas músicas próprias, seu folk rock , seu sentimento audio visual perceptível a quem o assiste em frente a banda musicalmente impecável.
Eles estão juntos menos de quatro anos e já participam da mídia. Se bem que não importa o tempo que essa banda está na ativa, e sim, sua qualidade.
Só quem assiste aos shows sabe do que eu estou falando. Eles são muito bons no CD, mas ao vivo é outra coisa. Quase todo artista é assim (digo quase pq existem os playback até hoje,acredite).
O Vanguart grovou um CD em estúdio o Vanguart, dois discos caseiros The Noon Moon e Ready To... , mais o CD e DVD Multi Show Ao vivo. É...se tá no Multi Show, canal da TV Globo, já tá praticamente engolido pela mídia. Não sei se vão concordar comigo, mas o reconhecimento da banda pelo público é essencial pra que uma banda continue na ativa, mas é bem mais interessante que eles continuem no cenário alternativo, onde quem ouve é quem realmente gosta desse tipo músical e não acontece nenhuma banalização da banda pela mídia. E quase sempre as bandas continuam com suas características de início.
Tomara que o Vanguart não mude. É inegável que foi por causa da mídia que eles me apareceram, mas eles já eram conhecidos no cenário e impreterívelmente eu os conheceria de qualquer jeito.

Hasta la vista!

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quinta-feira, 28 de maio de 2009

The Used

. quinta-feira, 28 de maio de 2009
2 Comentários

Peço desculpas a todos que acompanham o Lado B de Um Disco Trash pela minha falta de postagem nas quintas feiras, é que agora tenho que tirar a carteira de motorista, e ter duas materias no mesmo dia nas quintas feiras... mas hj eu arrumei um tempo... pra falar de uma das melhores bandas q eu conheço, e conheço desde a minha 8ª serie... The Used, uma banda de Post-Hardcore que segue o estilo de A Static Lullaby, My Chemical Romance, Funeral For a Friend, Story of the Year, Silverstein, 30 Seconds to Mars, Senses Fail, Refused, entre outras

A banda foi formada em 2001 por Bert McCracken, nos vocais, Quinn Allman, como guitarrista, Jepha Howard, baixista e Dan Whitesides na bateria.
Gravaram seu primeiro single, nao com Dan mas com Branden Steineckert (que eu prefiro) nas baquetas, Box Full of Sharp Objects, que lhes rendeu um contrato com a Reprise Records. Em 2002 lançaram o CD que eh o melhor na minha opiniao, auto-intitulado The Used, e sairam em sua primeira tour, a Warped Tour onde conquistou muitos fãs. Desse primeiro album vale a pena escutar Maybe Memories, On My Own, Box Full of Sharp Objects, Buried Myself Alive, Blue and Yellow e Taste of Ink.
Em 2004 lançaram outro otimo CD, chamado In Love and Death, onde as musicas sao mais melodiosas, melosas e calmas... mostrando um amadurecimento musical e musicas muito bem trabalhadas. Desse CD vale a pena ouvir All That I've Got (em homenagem ao cachorro de Berth, David Bowie), Take it Away, I'm a Fake, Let it Bleed, I Caught Fire e Yesterday's Feelings.

Em 2005 lideram a tour Taste of Chaos com bandas como My Chemical Romance, com a qual fazem um cover da musica Under Pressure (sim, as duas bandas inteiras num palco),
originalmente gravada pelo Queen e David Bowie. MCR e The Used se separaram depois de um relacionamento muito intimo entre as duas bandas... nao foram revelados os motivos, e eu nem quero saber, os dois vocalistas das duas bandas sempre foram muito unidos e muitas vezes foram fotografados juntos.

Em 2006 sai sem motivo aparente o baterista Branden para a entrada de Dan, Branden agora toca no Rancid.

Em 2007 voltam com Lies for the Liars, um disco que pessoalmente nao gosto, mas tem musicas boas como Pretty Handsome Awkward (soh essa msm ahushaushuashuhauhsa), um album extremamente trabalhado em questao de ritmos, instrumentos usados, efeitos sonoros, mas o album conquista publico e os primeiros lugares na Billboard. Continuam liderando a Taste of Chaos, agora com 30 Seconds to Mars e Senses Fail.

O proximo CD da banda sera lançado em julho de 2009, prometem fazer um som 10 vezes mais pesado e barulhento do que nunca fizeram, o album serah entitulado Artwork (nao tenho grandes espectativas sobre ele). Uma nova musica "Blood on My Hands" pode ser encontrada em perfomances ao vivo no youtube.com.

Abaixo vao dois videos de algumas musicas da banda que gosto muito, as duas do segundo CD, e pessoalmente axo que a banda nao prestou depois da saida do baterista original e da mudança de estilo da banda, que optou no ultimo album em inserir muitos ritmos diferentes e instrumentos diferentes pra pagar de banda que faz um som alternativo... estah feita a critica, mas ateh 2005 eh uma otima banda...

Abraços


Pedro Benedetti



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quarta-feira, 27 de maio de 2009

A Praia

. quarta-feira, 27 de maio de 2009
1 Comentários

Por Flávio "Pequi" Monteiro

Olá a todos, mais uma vez aqui para postar sobre filmes. Hoje falo sobre um filme que já assisti várias vezes, e é considerado um excelente filme quando o assunto é a liberdade da juventude: A Praia, dirigido por Danny Boyle. O filme, que é inspirado na obra homônima escrita por Alex Garland, consta a história de Richard (Leo DiCaprio), mochileiro americano que vai para a Tailândia em busca de aventuras. Lá encontra um lunático que lhe entrega um mapa que contém o paradeiro de uma maravilhosa praia, aonde os poucos moradores construíram uma sociedade alternativa. Para tal viagem, Richard convida o casal Françoise (Virginnie Ledoyen e Ethiénne (Guillaume Canet), franceses que, como ele, estão pelo local para se divertirem. Após diversos perigos, os três conseguem achar a famosa ilha, aonde conhecem a líder da comunidade, Sal (Tilda Swinton), que os deixa ficar, embora os traficantes de drogas que comandam a ilha terem-na advertido que não queriam que mais pessoas fossem para lá. A partir daí, os três vivem uma experiência única, partilhando de um sonho utópico em uma sociedade onde tudo era possível e onde reinava grande empatia entre todos os membros, ao menos por enquanto. Richard, desde o começo apaixonado por Françoise, começa a se aproximar dela, na tentativa de faze-la render a suas investidas. No mais, um filme é muito interessante, pois põe em cheque o ideal de liberdade promovida pelos jovens, onde todos são livres para fazerem o que bem entendem. Ao mesmo tempo, não deixa de ser uma crítica a sociedade atual, com a crescente ganância e consumismo, além do detrimento do ambiente e dos outros seres vivos. Mas é interessante lembrar que, por mais que estes indivíduos tentassem se separar dessa sociedade, (ao menos ao ver, é claro) certas atitudes são totalmente inspiradas nos acontecimentos que essa proporciona, o que acaba por mostrar o futuro desta comunidade alternativa. Foi o primeiro de Leonardo DiCaprio após Titanic, e a partir deste conseguira provar que não era apenas um rostinho lindo ou que poderia ser categorizado por um só papel. Coloco o trailer do filme, já que não tive tempo suficiente de arrumar um vídeo decente do próprio filme. Mas assistam, quem ainda não assistiu, realmente vale a pena. E, se lerem o livro, me falem, pois não li. Obrigado a todos e comentem.

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terça-feira, 26 de maio de 2009

Games para cinema

. terça-feira, 26 de maio de 2009
1 Comentários

Por: Guilherme Duracell Dumas

 

Bem, eu já escrevi um post sobre “The Legend of Zelda: Ocarina of Time” mas devo dizer que este game me inspirou para o post de hoje, aliás não o jogo em si, mas o vídeo que eu vi no youtube dizendo ser uma adaptação do jogo para o cinema, bem, eu acredito que seja um vídeo fake, até porque a data de lançamento dele já passou, sugiro que nesse ponto vocês criem as suas próprias idéias assistindo ao trailer:

 

 

Bem, continuando o post, eu falarei de adaptações de games para o cinema, uma arte bem complicada de se fazer e que poucas vezes agrada os fãs, até porque os produtores do filme fazem muitas modificações (algumas até muito necessárias para deixar o filme mais verossímil) e acabam tirando a essência da historia, deixando vários fãs descontentes, como é o caso de resident evil, que nos filmes quase não seguiu a história original, em minha opinião como fã, apenas o segundo filme foi o que “vingou”, e teve alguns dos personagens originais, já os outros dois me deixaram bem descontente, também tem a série Tomb Raider, da qual não sou fã, mas ao participar de fóruns e de discussões como essa que vos apresento hoje, foi mal recebido pelos fãs dizendo que o filme não tinha nada a ver com a história e podendo até ser considerado como um “peso de papel”. Final Fantasy é outra tristeza, aquele primeiro filme simplesmente foi um lixo, esse nem tenho vergonha ou neutralidade na hora de dizer, porque é consenso geral que “aquilo” num serve nem pra porco comer. E claro, impossível deixar de lado as péssimas adaptações pelas quais passaram o Super Mario da Nintendo, são filmes tão mal feitos e estranhos que não consigo considerar uma adaptação real.

Mas o mundo das adaptações não é constituído apenas de erros, há também ótimas adaptações como é o caso de Silent Hill, em minha opinião, a melhor adaptação de game para as telonas, mantendo-se fiel ao original e recriando a cidade e as cut-scenes com perfeição. E eu descobri também que o título “Prince of Persia” já está sendo produzido, que em minha opinião, vai ser um ótimo filme, pelas cenas e pela experiência do produtor (Jerry Bruckheimer, que é produtor de dezenas de filmes e séries famosas, como Piratas do Caribe e C.S.I), pode sair uma coisa boa daí. Além de Mortal Kombat, o filme ficou ótimo e com os atores muito bem caracterizados, idênticos aos personagens dos games, esse sim é um exemplo e uma aula de como fazer uma adaptação, não precisa viajar e inventar mil coisas, os games tem histórias bem estruturadas e bem interessantes e devem ser usadas.

 

persia-may14-prince-of-persia-movie© 2009 Jerry Bruckheimer Films & Walt Disney Pictures

 

Bem, fica aí a reclamação, e claro, para uma boa adaptação não precisa viajar, e se os produtores e diretores não forem fãs do game, também não ajuda, porque sou adepto da opinião que apenas fãs sabem o que os fãs querem. E no aqui no finalzinho eu saio do assunto dizendo também que a adaptação de “O Guia do Mochileiro das Galáxias” ficou ruim, mas a série de livros é ótima, e por que estou dizendo isso? Simplesmente porque segunda feira (ontem) é o dia da toalha, um dia em homenagem ao autor (Douglas Adams) de uma série extremamente nerd em um tema extremamente nerd(ficção cientifica) e que tem tudo a ver com o mundo dos games, porque gamemaníacos são nerds xD.Espero que tenham gostado, e que saiam com suas toalhas de estimação, até a próxima e se divirtam com o blog.COMENTEM.

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segunda-feira, 25 de maio de 2009

Cultura Brasileira em Harvard

. segunda-feira, 25 de maio de 2009
2 Comentários

Caros Leitores, esta semana li uma notícia que, decerta forma, até me espantou: “Cultura brasileira é tema de evento na Universidade Harvard“.

A comunidade brasileira residente nos EUA tem alcançado notoriedade, o que prova-se pela realização da Sétima Semana Brasileira na universidade Harvard em Cambridge, Massachusetts, que aconteceu mês passado. No evento foram discutidos temas como: a imigração no governo Obama, a saúde mental dos imigrantes brasileiros, a experiência educacional com crianças brasileiras nos EUA, entre outros.

Na opnião de Ana Nogueira, professora de História na Somreville High School,o evento em Harvard é um reconhecimento da cultura brasileira, dando destaque ao papel do Brasil na América Latina. “Para os imigrantes dá esperanças para lutarem”, disse Ana. Para a housecleaner Andréia Santos, participar do evento foi motivo de muito orgulho. A brasileira sentiu na pele o grande interesse da respeitada instituição pela nossa cultura, Andréia gostou da forma como Harvard, tratou a questão do voluntariado e a participação dos brasileiros na comunidade.

A 7ª Semana do Brasil em Harvard foi patrocinada pelo Programa de Estudos do Brasil do Centro David Rockefeller para Estudos Latino Americanos. O programa mantém um intercâmbio, levando estudantes americanos até a Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro e em São Paulo, e recebe de braços abertos estudantes brasileiros.

Acontecimentos como este servem para nós brasileiros percebermos o quanto a Cultura Brasileira é valorizada. Quando leio artigos como este, meu orgulho por ser brasileiro toma sua forma mais genuína e o meu patriotismo se exterioriza num sorriso de afirmação.


Abraços.
Matheus Carvalho"
.


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domingo, 24 de maio de 2009

Nostalgia Nerd

. domingo, 24 de maio de 2009
0 Comentários

Por: Érick Delemon

 

Enquanto que o Dia do Orgulho Nerd se aproxima a cada minuto, sinto que devo fazer mais um post nostálgico da minha infância! Como parece sintomático, tenho usado mais esse meu Lado B que o meu próprio blog pra falar dos elementos mágicos que foram os formadores do meu passado, como Grease, Lego e “O Mundo de Beakman”.

Falo aqui de mais um legado dos meus pais. Um livro interessante que minha mãe diz ter ganhado lá pelos anos 80, quando passando por uma livraria e viu o “Supermanual do Escoteiro Mirim”, da Walt Disney! Livro que mamãe insistiu para minha avó comprar, o que era bastante estranho para a época, visto que ela não tinha muitas pretensões de ser bandeirante.

 

4470_supermanual© Walt Disney. Todos os direitos reservados

 

Com o supermanual ‘aprendi’ de tudo: posição dos astros, épocas de estrelas cadentes, ler mão, a pegar conchas, a reconhecer árvores e flores e seus horários de desabrochar, a observar e reconhecer pássaros, o alfabeto morse, as fases da lua, medir de cabeça a que distância caiu um raio, heráldica e milhares de mágicas, diversidades e curiosidades afins.

O mais interessante para a minha ‘formação nerd’ foi como chegou a mim. Primeiro, encontrei na casa da minha tia o Manual do escoteiro Mirim. Petencia ao marido dela, que na sua infância nunca foi escoteiro mas também era curioso, como minha mãe. E folheei com extrema curiosidade o livro, lembrando que por algum motivo estranho e aparentemente sem conexão com nada de importante, minha avó tinha comentado que minha mãe teve um manual de escoteiro mirim muito grande e de capa azul. Logo depois vi que houve pelo menos mais um manual de escoteiro mirim, e que esses, somados resultaram no Supermanual que minha mãe tinha, e até então eu só ouvira falar.

Chegou um ponto que fiquei louco. Eu, fã da Disney e consumidor da Enciclopédia Disney (que merece um post também), tinha aos meus 10 anos de idade, um desejo louco de econtrar logo esse livro da infância de minha mãe e que agora ninguém sabia onde estava.

Engraçado, algo me guiou, ali por dezembro de 2000 / janeiro de 2001, ao guarda roupa dos meus pais. Juro fielmente que procurava – vá entender por que justo ali – o tal supermanual. E quando abro a parte de cima: encontro uma caixa grande escrito: Microscópio Tasco® com aumento de até 1200x.

WOW, tive que descolar meu cérebro do teto: descobri, numa busca estranha por um livro, o meu presente de aniversário – um carérrimo microscópio vermelho que está na minha estante agora. Quanto êxtase.

O fato é que a busca do livro me incursionou num pedido de mobilização dos meus pais e minha avó pra encontrarem o livro. E encontraram em alguma estante, infelizmente minha memória não me diz de quem. Mas o bondoso parente cedeu o livro pra mim, e com o guia, fiz muitas experiências propostas, algumas tentativas de mágicas, e muitas vezes, quando achava divertido, expandia a brincadeira para o microscópio.

Só sei que ao final do Supermanual tinha umas páginas de um diário secreto – cuja única anotação é minha, e data de 13 de Junho de 2001. Uma das datas de maior aproximação de Marte à Terra: um gigantesco ponto vermelho bem no zênite. Quanta beleza! Foi assim, que mesmo não me tornando escoteiro, nem biólogo, pelo menos ficou registrado uma paixão antiga pelos astros.

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quarta-feira, 20 de maio de 2009

A Rainha Margot

. quarta-feira, 20 de maio de 2009
1 Comentários

Por Flávio "Pequi" Monteiro

Bom, após duas semanas sem postar, devido a alguns problemas com faculdade, venho aqui para postar sobre mais um filme que assiste e gostei muito, e, aproveitando a disciplina de História Moderna 1 (E sua prova amanhã), um pouco do conteúdo que aborda o século XVI e suas reviravoltas políticas: O filme é A Rainha Margot (La Reine Margot), dirigido pelo cineasta francês Patrice Chéreau, estrelando ninguém menos que a atriz Isabelle Adjani no papel de Marguerite de Valois, quem é prometida em casamento ao rei Henrique III de Navarra e, posteriormente, Henrique IV da França. O casamento foi arranjado pela mãe de Marguerite, a rainha Catarina de Médici (Virna Lisis), rainha mãe do trono de Carlos IX, com o objetivo de se por um fim as disputas religiosas entre os católicos e Huguenotes (protestantes), que dividiam o país. Porém o que eram para ser as festas do casamento se tornou em um massacre de milhares de protestantes por toda a cidade de Paris, conhecido como O Massacre da noite de São Bartolomeu. Henrique acaba por ser forçado a conversão ao catolicismo e fica enclausurado na corte da família de sua esposa, por ora escapando de atentados contra sua vida, visto que era também protestante e um dos candidatos a sucessão do trono francês. Nesse meio tempo, a jovem Marguerite, cujo papel Isabelle Adjani recebeu diversas indicações e prêmios internacionais de prestígio, uma mulher sensual e, pode-se dizer, promíscua, acaba-se se apaixonando por La Môle (Vincent Perez), um Huguenote que salvara na noite do massacre por quem acaba se apaixonando, aliando-se a Henrique para levá-los a Navarra, longe das tramóias de Catarina de Médici. O filme foi um sucesso de púlbico e crítica, levando prêmios no prestigiado Festival de Cannes e ganhando também prêmios César, de melhor filme e figurino. Bom, deixo hoje apenas este pequeno post, e prometo não mais desaparecer, afinal duas semanas é um intervalo muito longo, se tratando de um blog comunal. Deixo para vocês um trailer do filme, e sugiro que assistam, uma ótima opção, sem dúvida alguma. Obrigado a todos vocês e comentem!

La Reine Margot

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domingo, 17 de maio de 2009

Huxley novamente e a Imprensa mais uma vez

. domingo, 17 de maio de 2009
3 Comentários

Por: Érick Delemon

 

Revista Época nº573 de 11 de Maio de 2009, a R$ 8,40. Após ler a reportagem de capa vi que o nosso futuro, muito sombrio é – como diria o mestre Yoda. Um review rápido: de início a reportagem não trazia nada de muito novo, um relato de usuário de um remédio atual que mesmo não tendo nenhum problema mental, utiliza a droga de tarja preta para conseguir maior concentração, agilidade e assim: ação. O uso de substâncias para “turbinar o cérebro” – como diz a revista não é novo, e eles mesmo reconheceram isso num quadro de “Drogas dos gênios”, remontando o uso de algumas drogas que Freud, Bacon e outros usaram. Ok, até aí achei que a reportagem não traria nada de novo.

 

capa_revista 

O quadro continha um “erro” a meu ver: continha uma foto de Aldous Huxley e a seguinte legenda:

o escritor inglês, autor de Admirável Mundo Novo, indicou as substâncias alucinógenas para expandir os limites da mente no livro As Portas da Percepção. Inspirou Jim Morrison, do grupo The Doors”.

À exceção da palavra “indicou”, todas as informações estão presentes no meu primeiro post aqui no Lado B de um Disco Trash. Aliás, quando li As Portas, imaginei que um leitor desatento poderia ter, de fato, essa interpretação de Huxley:

Não é portanto o que hoje se entenderia por "crítico de drogas". Ao contrário, Huxley dá sua versão, e ponto final. O que pode ser perigoso num momento em que o clima de renegação das drogas é tão presente.

Não sendo de todo mal a interpretação de indicação, continuo a afirmar que o britânico é tão logo um relator, e jamais um prescritor de receitas como deixa entender a legenda. E afirmo isso especialmente após ler Regresso ao Admirável Mundo novo, (que eu terminava de ler exatamente quando a revista chegou às minhas mãos) de 1959: mais que uma análise dos elementos da ditadura pacífica em sua ficção de 1932, é também, nas palavras de Olavo de Carvalho[1]:

uma atemorizante coletânea de ensaios sobre lavagem cerebral, persuasão química, hipnopédia, influência subliminar e outras técnicas de manipulação comportamental que, previstas para o século VII d.D>, já estavam prontas para o uso na segunda metade do Século XX.”

Regresso

 

O que Huxley fez em 1954, com As Portas da Percepção, o próprio autor da reportagem de capa também ousou: experimentou por conta própria o remédio tarja preta e descreveu o resultado, prós e contras. Huxley, contudo foi acusado de indicá-las nessa mesma matéria, por ter descrito que a droga que experimentou possuía vários prós interessantes. E, contudo, em 59 ele joga os contras numa interminável lista de formas de dominação pacífica que um ditador do futuro possa exercer, deixando claro – pelo menos para mim – que ele não indicaria, jamais, as tais substâncias para expandir os limites da mente.

Para muitos, o simples fato de relatar imparcialmente, ou seja, sem filiar-se a jargões e concepções de ideologias dos academistas – mas ainda assim, pessoalmente – suas impressões é o suficiente para sugerir, indicar, e recomendar o uso disso ou daquilo.

Eu, contudo, prefiro ver que no romance de antecipação de Aldous Huxley, os dois ensaios de 54 e 56, e por fim a coletânea de 59, um todo que aborda mil e um assuntos! Mas que no tocante às drogas, é sóbrio e atual: não tem a necessidade de negá-las por serem simplesmente erradas. Mas tem profundidade de argumentos e explicações, e na experiência própria: não nega que as coisas possuem um lado bom, mas lembrando que atentai para as formas de dominação que usam tudo o que possa possuir um lado bom, ou que tenha sido feito desde o início sob horríveis intenções.

Como eu já imaginava, a reportagem acabou sem muitas respostas. Talvez seja esse um efeito do atual extremo em que tudo tem de ser relativizado. Mas o tema talvez exigisse isso: considerar o café e similares como droga perto de remédios poderosos por possuírem um mesmo fim é algo delicado. Nesse sentido, para não cair nas generalizações e questões sem respostas, é preciso saber diferenciar um relato pessoal de uma indicação, uma literatura de antecipação de um manual para ditador, um Maquiavel monarquista de um Maquiavel republicano. Sejamos imparciais enquanto mais pessoais o formos, seremos nós mesmos: e não aprendizes de vãs doutrinas!

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