segunda-feira, 22 de junho de 2009

O espírito de amizade

. segunda-feira, 22 de junho de 2009
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Durante a semana que passou, vários acontecimentos me levaram a refletir sobre minhas relações, fatos que me inspiraram a escrever esse texto simples, óbvio, objetivo e diferente do que estou habituado.


Amizades verdadeiras, no cenário social em que vivemos, são cada vez mais raras. Mas este fator é óbvio, e é abaixo daí que se encontram os problemas. A amizade como foi colocada por Cícero nos mostra a ligação entre essa e a felicidade.


Realmente seria difícil gozar de um sentimento de bom êxito, sem sentirmos pelo menos apreço por alguém. Se analisarmos as relações sociais vamos perceber que o principal agente desencadeador dessa escassez de relações afetivas, é a ética, ou melhor a falta dela.


A ação desse agente foi explicado melhor por Platão ao sentenciar que as relações de amizade são, em sua maioria, geradas por Philautia, ou seja, a quase totalidade das pessoas que se mostram suas amigas o fazem por puro interesse. Essas regras observadas por estes estudiosos podem ser facilmente aplicadas na sociedade capitalista, onde pessoas simulam afetividade visando um bem futuro, mesmo que para isso seja preciso aniquilar a felicidade de alguém.


É difícil ver alguém hoje preconizando idéias como as propostas por Rosseau (Liberdade, Igualdade, Fraternidade). Se examinarmos a etimologia do termo Fraternidade, veremos que nos levará à concepção de irmandade, que por sua vez, seria o verdadeiro espírito de amizade.


Então devemos arquitetar as verdadeiras amizades, visto que, essas só se consolidam com muitos anos de convivência e confidência, como fazem os irmãos.


Abraços.


Matheus Carvalho”.

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domingo, 21 de junho de 2009

Truculência mano!

. domingo, 21 de junho de 2009
1 Comentários

Por: Érick Delemon

É isso aí! Já vinha lendo sobre o assunto e definitivamente me dou o luxo de endossar linha por linha as opiniões que dizem que o ensino superior no Brasil está morto (ou quase, pelos ativos alunos marxistas pululantes que o habitam). Acabado, moribundo catatônico incapaz de reagir acadêmica, moral, intelectual e fisicamente a momentos como esse:

Olavo de Carvalho disse que quando publicou seu livro sobre Aristóteles, quebrou um jejum de 20 anos sem que o país produzisse sequer uma pesquisa sobre o estagirita. O espanto é grande pois se trata de um dos, senão o maior filósofo que já existiu! As faculdades de História e Filosofia estaria preocupadas demais com sindicatos, alienação, dialética do oprimido e afins para lançar de vez em quando um ou outro livro sobre as novas interpretações do assunto, como nos EUA, Alemanha, França e afins? O arcabouço intelectual do aprendiz de Platão é tão inesgotável que já se passam 2400 anos – contando o hiato em que as obras sumiram do mapa no início da Idade Média – em que o estudo de Aristóteles se faz presente geração após geração de intelectuais, pensadores, filósofos – enfim: formadores de opinião.

Meu ponto é dizer: não tem-se intelectuais no Brasil desde os tempos da ditadura, há mais de 20 anos esse país parece não produzir um pensador realmente autêntico, alguém que possa ser chamado literalmente de genial e admirado irrestritamente no exterior como Ronaldo já foi, como Senna ainda é. Partir desse caso específico não é motivo de prova da morte do ensino superior, mas exemplo.

As provas eu as tive quando depois dos meus primeiros meses de aula fiz um retrospecto e percebi que sempre chegava em casa cheirando a maconha, ou no mínimo tendo sentido o cheiro um pouco distante. Nos intervalos o contato com os usuários é constante, ou no mínimo sua presença inevitável em pontos do trajeto. A prova se tem quando vejo belos cartazes de grupos de estudo gramscianos, grupo de estudo de Marx, em que se leria todo O Capital, grupo de estudo de cultura popular – sempre sob a ótica de neomarxistas e socialistas… enfim, jamais vi cartaz de estudo sobre Smith, Mises, Bawerk, cadê o diálogo universitário tão valorizado em seu discurso?!

No ambiente universitário o discurso esquerdista é vox populi, é unívoco senão fosse pelas rixas que nada mais são expressões das lutas de poder internas dos partidos levadas aos diálogos da universidade. Se disse diálogos, perdão, cenas como Matias do Tropa de Elite na universidade, e do caso de amigo Pedro – logo abaixo – mostram que a USP’s não são lugares para vocês, como diz a moça do vídeo.

O apelo do público perdeu-se! Não estão acostumados a serem questionados nesses vinte anos de nenhuma produção genuinamente científica das áreas de humanidades, afinal Marilenas Chaúis fazem coro ao estudantes. Invadir a reitoria como forma de conseguir um feito também já não é o ponto. É invadir simplesmente pra conseguir falar. Mais do que já falam em suas revistas, Caros Amigos, Carta Capital, além de contar com a omissão da Folha, Globo e afins.

O vídeo não possui nada de chocante para mim – ser chamado de fascista ao defender o diálogo e a propriedade privada de quem trabalhou para consegui-la já me é comum – o conteúdo da notícia, que fala da truculência dos alunos espancarem quem é contra a greve, não… isso não é fascismo, afinal a definição de fascismo realmente se encaixa na defesa do diálogo, jamais o fascismo se definiria pelo uso da força: estudantes avante! Calai os porcos capitalistas e sua mídia controladora e alienante, não deixem que se exprimam a favor do grande capital – contra a propriedade!

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quinta-feira, 18 de junho de 2009

Discussões

. quinta-feira, 18 de junho de 2009
3 Comentários


Na aula de hoje à noite ocorreu algo que me inspirou para o post de hj... Nao tenho posicionamento politico, mas todo mundo que me conhece me enquadra na "direita"... até aí tudo bem, prefiro sê-lo do que de "esquerda". Isso não impede que eu tenha amigos com outras visões de mundo e estabeleça discussoes SAUDÁVEIS com eles, Nádia e Felipe (com quem tive o prazer de apresentar o seminário de marxismo na atualidade) que dizem ter um posicionamento claramente a esquerda, Leonardo que já esta no fim do curso tambám diz ter um posicionamento parecido, André (famoso Preto Veio) que até é afiliado ao PSTU, além de professores como o Antônio Almeida e Maria Clara Tomaz Machado.
Com todos esses jah debati, e em todos os debates sai mais maduro intelectualmente, são todos ótimas pessoas, com muitas leituras e argumentos, exel
entes visões. O que direi aqui entrará para o "manual do universitário feliz".
Bom, todos nos gostamos de buteco... e lá a gente joga conversa fora, fala abobrinha sem medo, xinga os outros amigavelmente na cara mesmo, mas todos sabemos que o buteco é diferente da academia... e na academia temos que ter argumentos consistentes para sustentar nossas ideias, e nao agir autoritariamente como dono da verdade, creio que essa ainda é a base da dialética dentro da universidade.
Pedagogos... perdoem-me, mas ainda defendo que o ensino básico deveria ser composto de Oratória (a arte de bem falar), Gramática (a arte de bem escrever) e
Dialética (a arte de bem argumentar) além das ciências matemáticas: Aritimética (números em repouso), Música (números em movimento), Geometria (grandezas em repouso), e Astronomia (grandezas em movimento) assim como era a escola grega. Então, nao deveria-se entrar na universidade e participar da construção do conhecimento aquele que nao dominasse essas dimensões da razão humana. O ponto ao qual quero chegar é o seguinte... não podemos discutir academicamente o que discutimos no buteco, ou seja, nao podemos chegar em uma mesa redonda no anfiteatro do bloco 3Q, colocar uma garrafa de 51 no meio e gritar na cara dos participantes que estes não bem sabem o português, e que são todos burros.
O conhecimento acadêmico é feito de um processo dialético, onde nao há espaço para ignorâncias partidárias de qualquer tipo, de fanatismos politicos de nenhuma natureza, se você faz trabalho social no MST ou se é partidário do ARENA pouco importa, sentem-se à mesa e discutam como pessoas educadas e abertas à discussão.

Não existe construção de conhecimento sofista... Então, se você começar a discutir com um "projeto deformado e mal-acabado de um Stálin metido a alternativo" como o que eu discuti hoje, simplesmente vire a cabeça pra frente e preste atenção na aula, o mesmo vale para "rascunhos porcos e toscos de Benitos Mussolinis pseudo-intelectuais reacionarios".
no mais

Keep on Rockin' in the Free World


Abraços
Pedro Benedetti

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domingo, 14 de junho de 2009

Nova visão sobre a crise e o Estado

. domingo, 14 de junho de 2009
3 Comentários

Por Érick Delemon

 

Já aviso que não vim arrotar sobre a crise tanto tempo depois de seu início e tanto tempo antes de se chegar a um consenso de seu fim. Ao contrário, vim mostrar um outro lado. O lado que não é visto na Universidade, e já nem mais na mídia, somente em alguns pontos específicos na Internet, redutos firmes e pontuais em suas críticas, com opiniões e análises muito, mas muito diferente da que tomei contato nas minhas aulas de Sociologia, Filosofia e História no Ensino Médio, e mais ainda dos grupos de estudantes da Universidade. Dentre essas visões que podem parecer incomuns é a de que essa tal crise é culpa justamente do Estado. Esse ente gigantesco que hoje ‘socorre’ empresas acusadas de irresponsabilidade, é colocado sob a luz de culpado pela crise: “criada pela própria interferência do Estado na economia e nas finanças, ao manipular taxas de juros e o mercado de crédito.1

 

FinancialCrisisDollar

De acordo com o prisma liberal a economia é solapada pelo controle estatal há pelo menos um século. Logo, falar em Estado Capitalista como meio para criticá-lo é tolice e no mínimo um artifício de argumentação que não toma base nenhuma na realidade. Por liberal devemos entender que falo da ótica do Liberalismo econômico, e não o liberal que se tem em mente na acepção que foi se consolidando nos EUA como forma justamente de esquerdismo ao se referir a um comportamento mais “flexível” e aberto a mudanças. Assim, essa crise é efeito tardio de uma causa de raizes socialistas – ou pelo menos – esquerdistas.

Uma crítica que a direita faz por exemplo, é o fato de se alardear que a crise não foi tão arrebatadora no Brasil devido à solidez de nossa economia! Eles rebatem dizendo: 2

[…] não há tanta atividade econômica assim, especialmente a de crédito. Mais da metade da economia nacional é informal. O volume de crédito em todo o País, é de cerca de 40% do PIB, já que todo o resto restringe-se aos papéis do governo – títulos de divida pública, que financiam os bancos. As exportações são baseadas em commodities, especialmente no setor agrícola, e, convenhamos, comida continua a ser necessidade do dia a dia.

Mais: na contramão de tudo o que a mídia noticia falam – numa crítica ferrenha ao governo e seu posto maior – sobre a intervenção estatal: 3

[...] a crise não desencadeou a leitura de que o mercado precisa do estado, mas sim justamente o contrário: é o estado quem precisa do mercado, e ainda mais neste momento de crise!

Desde que a marola atingiu o Brasil, a arrecadação tributária vem continuamente caindo. Aí já se comprova liminarmente quem é que precisa de quem. Pois, ao ver o seu cofre minguando a cada mês, o que tem feito o governo para reverter a situação? Ora, ciente de que estrangulava a vaca que lhe fornecia o leite, acena com seqüenciais cortes de impostos sobre a produção, ao mesmo tempo em que camufla suas ações com a cortina de tinta preta (coisa de molusco) bradando fingidamente ajudar àqueles a quem na verdade sugava-lhes as forças. Pois, desde quando desonerar impostos é ajudar ou fazer alguma coisa? Diminuir tributos, é sim, um não-fazer, é deixar de extorquir, é abster-se de expropriar!

Dando o golpe final:

Então, se a solução para a crise é diminuir impostos, porque já não vinha o estado o fazendo antes da crise, como forma de propiciar o crescimento da poupança e o desenvolvimento da nação e gerando com isto mais empregos? Claro, isto significaria uma vez mais admitir que é o mercado que tem prosperidade a oferecer à nação, e não o estado!

Lembro a vocês até que esse autor utiliza Estado com “e” minúsculo pois “O estado não é uma entidade sagrada e nem é nome próprio, logo não merece a inicial maiúscula.” Daí se percebe todo um discurso ausente de qualquer forma midiática.

 

crise

Por que será? Estranho é pensar que esse é o discurso Liberal, o discurso dos temidos capitalistas que – segundo “aprende-se” à exaustão – são os líderes da globalização, os dominadores do mundo, os 10% que comandam todos os rumos da economia mundial. Será?! Se é esse o discurso hoje da “classe dominante” porque não estão eles no comando dos jornais e meios de comunicação? Não é o que se traduz na realidade.

Não é porque desde que entrei na oitava série não havia sequer um ano em que o tema globalização tivesse uma atenção trimestal das aulas, e sempre nos era apresentado um panorama em que tudo que essa louca globalização fez foi em prol do Capitalismo (enquanto sistema econômico) e (enquanto sua ideologia) o neo-liberalismo. E especialmente porque o neo-liberalismo é tão mais abominado pelos liberais do que pelos próprios esquerdistas, comunistas, sociais-democratas, e afins.

Pois bem que isso é só a ponta do iceberg da argumentação liberal/conservadora contra os abusos do Estado sobre economia. Tentei jogar aqui alguns crivos principais (a meu ver) para a desconstrução do que está posto pela mídia e senso comum. Para mais, peço urgentemente que leiam o artigo do Rodrigo Constantino: A Crise Vista por um prisma liberal, que retrata a visão de quem está de dentro, de quem sabe exatamente o que é Liberalismo, equanto eu somente recentemente tomei contato com essa retórica e lógica, ante anos (ainda correntes) de imáginário estudantil.

 

Por enquanto, fico por aqui, e perdão pelo post esteticamente longo, mas que no conteúdo é somente um arranhão. Espero em breve poder trabalhar mais o assunto em posts no meu próprio blog, quando puder retomar os posts lá. Até

 

 

Notas_headsection

1Instituto Federalista no Mídia sem Máscara: Os Afundamentos Econômicos

2 – idem.

3Klauber Cristofen Pires no Mídia sem Máscara: Sobre Bravatas, a Igualdade e a Liberdade



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sábado, 13 de junho de 2009

Sobre Música

. sábado, 13 de junho de 2009
2 Comentários

Por: Lílian Carvalho

Esse post é um pouco diferente dos outros que tenho escrito, porém, trata do mesmo assunto dos outros, que é música.
A música pode até fazer parte da indústria cultural do mundo, mas é uma das formas mais bonitas de arte pra mim. Pena que por esse aspecto comercial, fazem-se músicas sem o total conceito de musicalidade e qualidade musical.
É a forma de arte mais acessível e presente na vida das pessoas, a arte do do som. Quem nunca cantou na vida, por mais que seja no banheiro? Quem nunca batucou algum ritmo em alguma superfície, nem que seja pra brincar?


É a forma de expressão mais bonita e singela.
Amar Ela é só pra quem é capaz. É uma coisa muito além de gostar, viver e respirar Ela, é só pra quem tem o dom. Porque viver pra Ela não é uma tarefa muito fácil, é uma vida de muita doação, de muito sono perdido, de muita decepção. Mas quem vive pra música, ama loucamente e odeia fortemente. Odeia porque não se sabe viver sem.
A musica faz parte da vida de todo mundo. Todos temos um aparelho de som. A música faz parte dos momentos difíceis, dos alegres, dos tristes, dos momentos raivosos, injustos. Use e abuse!
Espero que ela te ajude como me ajudou.

Hasta la vista!




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domingo, 7 de junho de 2009

Politicamente correto, sociedade e ditadura

. domingo, 7 de junho de 2009
4 Comentários

Por: Érick Delemon

 

Estava eu lendo um blog de um fiel amigo da Internet. E lá me deparei com dois posts que, no final, trouxeram uma “discussão” em que os acusadores simplesmente misturaram qualquer argumento ridículo de politicamente correto. Que cada dia mais vejo como uma empulhação – como diz o Olavo. Isso de politicamente correto é só um nome novo pra “moralismos”, termo que hoje em dia pega mal somente porque parece apregoar algo passado e retrógrado; e contudo ser politicamente correto parece ser como assumir uma série de paradigmas em que você não pode dizer o que realmente pensa, com medo de onfender mil e um sujeitinhos sociais (veja por exemplo, o que diz a pédia).

Sim, sujeitinhos porque nesse novo moralismo todo mundo é um grupinho à parte, toda e qualquer forma de identidade se torna preceito para uma nova minoria excluída. Sim porque para alguém que é diferente não vale ser diferente se não for excluído, afinal esse é o motivo de urgir tantas diferenças tão sistêmicas e sem fundamento.

 

sacrifice

© John Pritchett

O humilde sacrifício: o da verdade!

 

Concordo com o Mr. X sobre a ditadura do politicamente correto:

Um fenômeno global desse tipo, em que idéias idiotas ou contraditórias são universalmente promovidas, e os que se negam a aceitá-las são punidos, não pode ser mera coincidência.

Maconha bom, cigarro ruim. Aborto bom, pena de morte ruim. Palestinos bons, israelenses maus. Socialismo bom, capitalismo ruim. Gays bons, cristãos maus. União Européia bom, soberania nacional ruim. Armas nas mãos de guerrilheiros e terroristas sim, nas mãos de civis, não.

Essas não são idéias que surgem espontaneamente na cabeça das pessoas. São promulgadas e difundidas insistentemente pela mídia, fundações, ONGs, instituições.

E ai de você se discordar.

O amigo blogueiro nem discordou, nem concordou: relatou o cômico de sua situação e… ai dele! Uma pena realmente. Ademais ele não insultou ninguém, e como ninguém ousou nos comentários, amaciando-lhe o ego somente para dizer: éé, difícil agradar a todos, ou tem gente que não entende, eu disse: não tem que pedir desculpas, não insultaste ninguém, nem nenhum grupo, ademais, concordo com Spagnoli: temos o direito ao insulto; quando nos sentimos mal e da mesma forma que aquele que grita se achando insultado com um relato da realidade e imputa falso crime, pode ouvir uns palavrões e berros e por falso testemunho e ouvir alguém mandando-o descer do mundo onde ninguém tem a necessidade de falar umas verdades quando o sangue lhe sobe à cabeça e todos são certinhos, centrados, usando termos neutros e adornando o fadado relativismo ao discurso de todos.

 

sheriff-political-correctness-john-s-pritchett © John Pritchett

Morte de tudo que representa a 1ª ementa estadunidense, a imprensa e sua liberdade

 

Da limitação do discurso pessoal por termos relativizadores – quando não são necessários, ou até danosos para o argumento – passamos a um momento de controle subjetivo das coisas. Parece pequeno, mas a partir do momento em que seguramos nossa língua na preferência de um termo ameno em lugar de algo que realmente sentimos e acreditamos ser necessário que seja dito, já temos nossas opiniões sempre num cadafalso, à espera da morte sufocada e de quebrar a espinha da verdade como a queremos exprimir.

Num lugar como uma enciclopédia, por exemplo, ou algo que visa a informação generalizada o texto deve sim ser construído com um princípio de imparcialidade. E nesse âmbito certas palavras devem ser evitadas. Mas isso somente enquanto um texto de construção e ligação entre fontes, sendo o próprio artigo enciclopédico uma fonte secundária ou até terciária. Mas quando o artigo cita, expõe ou mesmo constrói seu texto com base num ou outro autor, este deve ter seu discurso levado às exatas medidas com que foi construído. Com suas acusações mais horrendas ao tema, ou seus elogios mais ébrios.

 

fiction © John Pritchett

Os jornais, ao serem politicamente corretos, correm o risco de se tornarem leitura diária de ficção

 

Do discurso pessoal e do que deveria ser relato da realidade amenizado pelas palavras, entramos no reino da ficção. E dessa ficção que é lida como relato do real, só podem sair cidadãos que não vivem mais na realidade, mas ficam absortos na verossimilhança do real material e perdidos na ficção do real subjetivo. Depois disso, como já mostra o apanhado que já apontei aqui de Regresso ao Admirável Mundo Novo de Huxley: só resta o totalitarismo da estabilidade, a ditadura pacífica.

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sábado, 6 de junho de 2009

João Gilberto

. sábado, 6 de junho de 2009
3 Comentários




Por: Lílian Carvalho

Olá leitores do Lado B, faz tempo que não tem nenhuma postagem por aqui eim?
Pedimos desculpas por essa falta e sigo falando de música mesmo.
Axo que somente apreciadores de Bossa Nova o conhecem. E que bom os que não apreciam conhecem do mesmo jeito, ou pelo menos já ouviu falar no nome dele.
João Gilberto.
Nada mais, nada menos que o idealizador, o criador do ritmo do violão bossanovista.
Natural de Juazeiro, Bahia ele simplesmente entrou na história da música popular brasileira. Digo que ele é o criador da Bossa, poque foi ele mesmo que criou. E ponto.
Sabe onde? No chão do banheiro da casa de sua irmã, no interior de Minas, quando passava por um momento difícil de sua vida, sem dinheiro, decepcionado, voltando pra casa ( na época, voltar pra casa sem o que queria conquistar, que era ao menos um emprego, era uma vergonha, decepcionante ), sentou nesse chão e nesse banheiro ( por que gostava do eco ) inventou o ritmo que fez no Brasil um frenesi sem tamanho.
Misturando samba, MPB e principalmente jazz que nasceu esse ritmo. Talvez seja poque tinha esse cunho do jazz fortíssimo que a Bossa tenha ficado um tanto quanto famosa pelo mundo a fora. Há quem diz que esse ritmo não é brasileiro, é uma imitação. Mas pra mim, é uma mistura de gêneros que começava a acontecer e que inclusive é o ponto principal de quem faz música hoje.
A Bossa foi alvo de muitas críticas, por ter sido feita quase na mesma época do Tropicalismo, criticada por ser um estilo musical que completamente ignorava o estilo de protesto.Que ignorava os problemas do Brasil. Mas convenhamos, música é também uma forma de protesto e não música é só pra protesto. Outra crítica muito forte contra a Bossa, é que seria que é um estilo musical elitista. Na minha opnião, a Bossa pode até ter sido feita por músicos que já tinham uma condição financeira boa, e até ter sido aceita mais fortemente pela elite, mas ela não foi feita para a elite.
Vemos que esse assunto dá pano pra manga.
Mas voltando ao assunto principal que é falar sobre o João Gilberto, as pessoas hoje mal o conhecem. Conhecem mesmo é o Tom Jobim ( principal arranjador ) e o poetinha Vinícius de Moraes ( principal letrista). Faço uma pequena observação aqui, que chamo o Poetinha de 'poetinha' não porque ele era ruim ou sei lá o quê, mas sim porque esse era o apelido dele entre amigos. Acho que ele ficou menos famoso porque não gostava de sair muito, ia a poucos programas de televisão e até mesmo porque morou por um bom tempo nos EUA.
Mas vale à pena ouvi-lo. Sem dúvidas, um grande músico. Vale lembrar também de que além de inventar o ritmo da Bossa, ele que inventou também o cantar bossanovista, aquela vozinha baixa, sem firulas e bela.

Acho que só. Voltarei na discussão das críticas.

Hasta la vista!



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segunda-feira, 1 de junho de 2009

O disco que abalou o mundo

. segunda-feira, 1 de junho de 2009
1 Comentários


Em 1967, uma verdadeira revolução cultural começou a partir das mãos de jovens. A juventude rejeitava a guerra e propôs paz e amor, especialmente para dar um basta ao conflito no Vietnã. A psicodelia invadiu as revistas, a televisão e as ruas. As cores deram vida à moda, que floresceu como nunca nas grandes capitais. No meio de tanta mudança uma banda de rock captou o espírito. E lançou um disco considerado um dos melhores já feitos até hoje, o Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band.


Naquele ano, a carreira dos Beatles estava mudada. O quarteto britânico não fazia mais turnês e dedicava mais tempo às gravações em estúdio. Após cinco meses dentro de um deles, o Abbey Road, e 700 horas de gravação sob a batuta do produtor George Martin, o auge da criatividade dos meninos de Liverpool estava atingido.


Mas por que Sgt. Pepper’s é considerado um marco? Resumidamente (sim, porque as inovações do disco renderiam – e já renderam alguns livros), porque provou que o rock não precisava se limitar a acordes simples e instrumentos básicos. O trabalho foi muito além do esquema padrão “guitarra-baixo-bateria”, adicionando clarinetas, harpas, instrumentos indianos e até flertando com uma música eletrônica primitiva. Paul McCartney resumiu assim a experiência: “Antes tantávamos compor canções pegajosas. O Pepper’s foi mais como escrever um romance”.


O álbum foi uma das poucas obras de arte a serem reconhecidas imediatamente pelo público e pela crítica. Quer uma prova? Jimy Hendrix tocou a música “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” em um show apenas três dias após seu lançamento. “Sgt. Pepper’s é o disco de rock mais importante já gravado, uma aventura insuperável em conceito, som, composição, capa e tecnologia de estúdio, feito pelo maior grupo de rock de todos os tempos”, descreveu a revista americana Rolling Stone, ao selecionar o trabalho como o número 1 numa lista dos 500 melhores álbuns.


Até hoje, a música deve algumas coisas ao Sgt. Pepper’s. Discos com letras no encarte, por exemplo. A capa dupla do álbum também foi uma inovação. O cenário produzido pelo artista Peter Blake custou uma fortuna para a época: 1500 libras, 300 vezes mais que o habitual.


Abraços.


Matheus Carvalho”.

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