Na aula de hoje à noite ocorreu algo que me inspirou para o post de hj... Nao tenho posicionamento politico, mas todo mundo que me conhece me enquadra na "direita"... até aí tudo bem, prefiro sê-lo do que de "esquerda". Isso não impede que eu tenha amigos com outras visões de mundo e estabeleça discussoes SAUDÁVEIS com eles, Nádia e Felipe (com quem tive o prazer de apresentar o seminário de marxismo na atualidade) que dizem ter um posicionamento claramente a esquerda, Leonardo que já esta no fim do curso tambám diz ter um posicionamento parecido, André (famoso Preto Veio) que até é afiliado ao PSTU, além de professores como o Antônio Almeida e Maria Clara Tomaz Machado.
Com todos esses jah debati, e em todos os debates sai mais maduro intelectualmente, são todos ótimas pessoas, com muitas leituras e argumentos, exelentes visões. O que direi aqui entrará para o "manual do universitário feliz".
Bom, todos nos gostamos de buteco... e lá a gente joga conversa fora, fala abobrinha sem medo, xinga os outros amigavelmente na cara mesmo, mas todos sabemos que o buteco é diferente da academia... e na academia temos que ter argumentos consistentes para sustentar nossas ideias, e nao agir autoritariamente como dono da verdade, creio que essa ainda é a base da dialética dentro da universidade.
Pedagogos... perdoem-me, mas ainda defendo que o ensino básico deveria ser composto de Oratória (a arte de bem falar), Gramática (a arte de bem escrever) e Dialética (a arte de bem argumentar) além das ciências matemáticas: Aritimética (números em repouso), Música (números em movimento), Geometria (grandezas em repouso), e Astronomia (grandezas em movimento) assim como era a escola grega. Então, nao deveria-se entrar na universidade e participar da construção do conhecimento aquele que nao dominasse essas dimensões da razão humana. O ponto ao qual quero chegar é o seguinte... não podemos discutir academicamente o que discutimos no buteco, ou seja, nao podemos chegar em uma mesa redonda no anfiteatro do bloco 3Q, colocar uma garrafa de 51 no meio e gritar na cara dos participantes que estes não bem sabem o português, e que são todos burros.
O conhecimento acadêmico é feito de um processo dialético, onde nao há espaço para ignorâncias partidárias de qualquer tipo, de fanatismos politicos de nenhuma natureza, se você faz trabalho social no MST ou se é partidário do ARENA pouco importa, sentem-se à mesa e discutam como pessoas educadas e abertas à discussão.
Não existe construção de conhecimento sofista... Então, se você começar a discutir com um "projeto deformado e mal-acabado de um Stálin metido a alternativo" como o que eu discuti hoje, simplesmente vire a cabeça pra frente e preste atenção na aula, o mesmo vale para "rascunhos porcos e toscos de Benitos Mussolinis pseudo-intelectuais reacionarios".
no mais
Keep on Rockin' in the Free World
Abraços
Pedro Benedetti
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Discussões
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3 Comentários:
Pedrão!
Este seu texto deveria ser lido no Congresso Nacional, em inauguração de obras públicas, em aula inaugural e distribuido nas escolas, assim como fazem com as cartilhas do MST.
Junto à todas as sugestões para um ensino de qualidade, como vc referiu, incluo a obrigatoriedade do Latim, para que as novas gerações aprendam a falar melhor, conjugar verbos e conhecer a origem da nossa língua.
Parabéns, cara!
claro, se eu tivesse aprendido latim nao tava ralando tanto hj na materia de latim da facul
abraço cara
vlw
Eita! Tive o (des)prazer de presenciar a situação que motivou este post! E depois de lê-lo só posso dizer que tu é um veterano a quem idolatrar. Não sei se eu teria a cabeça fria de simplesmente virar pra frente e continuar a ouvir à professora logo após alguém ter mandado estudar português, (?), sendo que tu já tá no latim....
E outra, mais um motivo pelo fato do que disse sobre o que deve ser ensinado: 1 ponto por incluir astronomia, 2 pontos por mostar que a matemática se traduz à realidade em sua totalidade enquanto entes em repouso e movimento! Segundo, por dar espaço à retórica e à dialética.
Acabo de ler um livro sobre Aristóteles, que tenta mostrar a possibilidade que o discurso para Aristóteles estão escalados em 4 níveis de credibilidade, sendo o primeiro o poético, o segundo o retórico, o terceiro o analítico (dialético) e no quarto a lógica.
Do jeito que você expôs, tudo abre caminho para a possibilidade do estudante ter reais bases para enfrentar a lógica na academia, e mais ainda, não teríamos tanta imbecilidade coletiva rolando por aí! Viva o ensino Clássico! Vien retro a me, e lascia dir le genti
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