Por: Érick Delemon
Enquanto que o Dia do Orgulho Nerd se aproxima a cada minuto, sinto que devo fazer mais um post nostálgico da minha infância! Como parece sintomático, tenho usado mais esse meu Lado B que o meu próprio blog pra falar dos elementos mágicos que foram os formadores do meu passado, como Grease, Lego e “O Mundo de Beakman”.
Falo aqui de mais um legado dos meus pais. Um livro interessante que minha mãe diz ter ganhado lá pelos anos 80, quando passando por uma livraria e viu o “Supermanual do Escoteiro Mirim”, da Walt Disney! Livro que mamãe insistiu para minha avó comprar, o que era bastante estranho para a época, visto que ela não tinha muitas pretensões de ser bandeirante.
© Walt Disney. Todos os direitos reservados
Com o supermanual ‘aprendi’ de tudo: posição dos astros, épocas de estrelas cadentes, ler mão, a pegar conchas, a reconhecer árvores e flores e seus horários de desabrochar, a observar e reconhecer pássaros, o alfabeto morse, as fases da lua, medir de cabeça a que distância caiu um raio, heráldica e milhares de mágicas, diversidades e curiosidades afins.
O mais interessante para a minha ‘formação nerd’ foi como chegou a mim. Primeiro, encontrei na casa da minha tia o Manual do escoteiro Mirim. Petencia ao marido dela, que na sua infância nunca foi escoteiro mas também era curioso, como minha mãe. E folheei com extrema curiosidade o livro, lembrando que por algum motivo estranho e aparentemente sem conexão com nada de importante, minha avó tinha comentado que minha mãe teve um manual de escoteiro mirim muito grande e de capa azul. Logo depois vi que houve pelo menos mais um manual de escoteiro mirim, e que esses, somados resultaram no Supermanual que minha mãe tinha, e até então eu só ouvira falar.
Chegou um ponto que fiquei louco. Eu, fã da Disney e consumidor da Enciclopédia Disney (que merece um post também), tinha aos meus 10 anos de idade, um desejo louco de econtrar logo esse livro da infância de minha mãe e que agora ninguém sabia onde estava.
Engraçado, algo me guiou, ali por dezembro de 2000 / janeiro de 2001, ao guarda roupa dos meus pais. Juro fielmente que procurava – vá entender por que justo ali – o tal supermanual. E quando abro a parte de cima: encontro uma caixa grande escrito: Microscópio Tasco® com aumento de até 1200x.
WOW, tive que descolar meu cérebro do teto: descobri, numa busca estranha por um livro, o meu presente de aniversário – um carérrimo microscópio vermelho que está na minha estante agora. Quanto êxtase.
O fato é que a busca do livro me incursionou num pedido de mobilização dos meus pais e minha avó pra encontrarem o livro. E encontraram em alguma estante, infelizmente minha memória não me diz de quem. Mas o bondoso parente cedeu o livro pra mim, e com o guia, fiz muitas experiências propostas, algumas tentativas de mágicas, e muitas vezes, quando achava divertido, expandia a brincadeira para o microscópio.
Só sei que ao final do Supermanual tinha umas páginas de um diário secreto – cuja única anotação é minha, e data de 13 de Junho de 2001. Uma das datas de maior aproximação de Marte à Terra: um gigantesco ponto vermelho bem no zênite. Quanta beleza! Foi assim, que mesmo não me tornando escoteiro, nem biólogo, pelo menos ficou registrado uma paixão antiga pelos astros.
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