Por: Érick Delemon
Estava pensando sobre o que trataria hoje. Olhei para a minha bagunçadíssima estante e vi dois baldes vermelhos. Então soube que deveria falar do “brinquedo mais genial do mundo” como escrito no Mundo de Sofia, que me trouxe grande alegria criativa e divertimento ao ganhar mais e mais no Natal. Falo dos blocos da Lego®.
Senti-me extremamente feliz em ler as palavras de Jostein Gaarder sobre o Lego® como a maneira mais simples de explicar a filosofia atomista de Demócrito. É uma das melhores presente no livro, pra quem conhece o brinquedo. Pra quem não conhece, talvez contente-se com o também popular Playmobil®, mesmo que bem posterior e menos versátil.
A beleza dos blocos Lego® é justamente a variedade de peças e temas que surgem ano a ano, baseado em filmes e em temáticas e público-alvo variado, além da sua alegada indestrutibilidade!
Hoje, os brinquedos são uma forma extra de publicidade de Star Wars, Indiana Jones e até Bob Esponja. Sendo que os dois primeiros ganharam jogos para consoles de videogame e pc’s (que diga-se de passagem, vendem muito bem)! O universo de fãs que há mais de 50 anos usam e abusam das propriedades dos blocos avança a cada nova peça lançada: criando blogs, wikis, fóruns, técnicas avançadas de construção e verbos para se referirem à essas técnicas. :-o Há até a mais ilustrada Bíblia que já encontrei: versículo a versículo, The Brick Testament remonta cada cena com toda a marca Lego®.
Sem contar a carérrima linha de robôs, que podem ser montados e programados por computador por qualquer criança de 6 anos e colocados para desviar de obstáculos, reconhecer cores e assim executar diversas funções. Essa linha é particularmente um universo à parte dos blocos comuns, enquanto estes desempenham um papel informal de formação e diversão de crianças que poderiam ser futuros engenheiros, arquitetos, urbanistas, a linha robótica pode servir formalmente para a educação de crianças, adolescentes e até universitários nas áreas de mecatrônica e design, além de permitir que o usuário tenha noções de lógica, e física, mesmo sem realizar nenhum cálculo: estando somente em contato prático com conceitos de equilíbrio, distribuição de peso, movimento, inércia, atrito, e assim por diante.
Resume-se que o legado da empresa é imenso! Parques de diversão na Dinamarca, Alemanha e EUA, cenas de filmes remontadas com os bonecos Lego®, artistas plásticos e “arquitetos” que recriam momentos, personagens e paisagens em dimensões megalomaníacas e tudo que a mente e os blocos nos permitirem.
Notre Dame de Paris. Foto por Norbert Schnitzler sob CC-BY-SA 3.0
De alguns anos pra cá, o preço do brinquedo subiu estranha e vertiginosamente! Eu comprava um balde com 212 peças por R$ 18,90 há uns 10 anos; sendo que hoje o mesmo preço mal paga 50 peças. E por isso mesmo há anos não compro nada novo, ainda mais somado o motivo que brinco, talvez, uma vez por ano desde os meus 12. E mesmo assim deixo tudo guardadinho, além dos meus livros, são uns dos poucos bens que deixarei realmente para os meus filhos, quando os tiver.
A Lego®, como muito da nossa atualidade, foi mais um resultado da tentativa de sobrevivência do dinamarquês Ole Kirk Christiansen à Grande Depressão. Espero que as mentes criativas desse nosso tempo perpassem as dificuldades dessa crise com a mesma argúcia – criando momentos nostálgicos como esse para nossos descendentes.
Deixo um vídeo da linha robótica para vocês verem o que é possível. Abraços!
© 2007 teamboltz
4 Comentários:
rapaz...a quanto tempo eu num encontro meus legos...esses dias mesmo tava comentando com uns amigos de infância as brincadeiras com lego...e sim um lego não apenas diverte como também desenvolve a criatividade, já que o limite é a imaginação(e o número de peças xD)...e sim, é forma de publicidade também,só adicionando, que há um Lego Batman também...xD
Lego é um brinquedo fantástico mesmo. A matéria estava quase me fazendo sair agora de casa e comprar um balde, mas fiquei muito triste quando você disse que os preços tem aumentado muito. Uma pena.
Abraços
Rodrigo Andolfato
O Lego é um dos brinquedos mais educativos e formadores, na minha opinião. Além do quê, é totalmente interativo: o adulto pode brincar com a criança, intervindo ou não no que ela cria, incentivando, participando...
O Érick sempre me pedia pra fazer casas, quanto maiores, mais ele gostava!
Gostei do post saudosista, Érick, delícias da infância!!! ;)
Lego, mto bao
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